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Variante BA.2 do coronavírus pode ser mais virulenta e transmissível

Organização Mundial de Saúde (OMS) monitora quatro subvariantes da Ômicron, classificada como "preocupante"

OMS recomenda medidas de prevenção, como máscaras e distânciamento, para evitar infecções (Naeblys/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2022 às 15h19.

Líder técnica da covid-19 na Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove disse nesta terça-feira, 8, que algumas pesquisas apontam que a sublinhagem BA.2 da variante Ômicron da covid-19 pode ser mais virulenta que a BA.1, porém notou que isso não é algo conclusivo até o momento. Durante sessão de perguntas e respostas sobre o tema, ela afirmou também que a BA.2 é "mais transmissível".

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Maria Van Kerkhove disse que a OMS monitora neste momento quatro subvariantes da Ômicron, entre elas a BA.2. A Ômicron já é classificada como variante de preocupação pela entidade, lembrou.

A autoridade rechaçou o argumento de que a covid-19 causada pela variante Ômicron possa ser caracterizada como uma "doença leve", lembrando que há hospitalizados e mortos por essa doença.

Segundo ela, a OMS continua a estimular o uso de máscaras, sobretudo em locais fechados, mesmo para as pessoas vacinadas. Ela enfatizou que as vacinas ajudam a reduzir os riscos de internações mortes e também de contrair a doença, "mas elas não preveem 100% das infecções".

Maria Van Kerkhove ainda advertiu que "ainda estamos em uma situação muito perigosa na pandemia".

Ela disse que esse quadro não durará para sempre e que a pandemia acabará, mas a velocidade com que isso ocorrerá "depende de nós". E ressaltou a importância de se ampliar a cobertura vacinal em todos os países pelo mundo, o que poderia provocar uma "redução significativa" das mortes pela doença em alguns meses. Caso contrário, a tendência é continuarem a surgir novas variantes, que podem ser mais leves, mas também mais graves, comentou.

Maria Van Kerkhove também destacou a importância de manter escolas abertas, para as crianças, e disse que há exemplos pelo mundo de instituições que, com as medidas recomendadas, como o uso de máscaras e o distanciamento social, têm conseguido funcionar mesmo na pandemia.

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