Oxford: vacina da universidade é eficaz contra nova variante (Pilar Olivares/Reuters)
Tamires Vitorio
Publicado em 5 de fevereiro de 2021 às 10h37.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2021 às 10h38.
Uma luz no fim do túnel: segundo um novo estudo divulgado nesta sexta-feira, 5, a vacina desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e a universidade britânica de Oxford funcionou contra a variante mais transmissível do novo coronavírus. Os testes, feitos em laboratório, mostraram uma eficácia estimada de 75%, ante 84% para outras variantes mais antigas.
Informações sobre a eficácia com a variante da África do Sul, no entanto, não foram divulgadas. Outras fabricantes observaram que suas vacinas são menos eficazes contra a cepa africana, considerada uma das mais perigosas.
As americanas Johnson & Johnson e Novavax descobriram que seus imunizantes são menos eficazes contra a cepa encontrada no país.
A eficácia da vacina da J&J apresentou uma variação nos locais em que foi testada. Nos Estados Unidos, ela teve 72% de eficácia, 66% na América Latina e 57% na África do Sul.
Já a Novavax, anunciou que a eficácia de sua vacina (89,3%) e afirmou que ela também não é tão eficaz contra a cepa encontrada no país africano, aumentando a preocupação com as vacinas já aprovadas no mundo todo.
Produzir (ou atualizar) uma vacina que funcione contra as novas variantes do vírus se tornou essencial nos últimos meses, com o surgimento de novas mutações.
Todos os vírus existentes no mundo passam por mutações – até mesmo a gripe. Isso acontece porque, uma vez no organismo humano, o vírus tende a procurar formas de evoluir geneticamente, tornando-se mais resistentes ao uso de medicamentos, por exemplo.
Isso não significa que as vacinas não funcionam, mas sim que elas precisarão ser atualizadas frequentemente – quase como a da gripe.