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Vacina contra covid à base de tabaco aguarda ensaios clínicos

Existem 24 candidatas a vacinas em ensaios clínicos, embora a taxa de sucesso de tais programas seja normalmente de 10%

Elementos da vacina se acumulam nas plantas de tabaco dentro de seis semanas, enquanto outros métodos levam meses (Anton Vaganov/Reuters)

Janaína Ribeiro

Publicado em 1 de agosto de 2020 às 08h30.

Última atualização em 1 de agosto de 2020 às 12h37.

Uma vacina experimental contra a covid-19 à base de plantas de tabaco pode começar ensaios clínicos dentro de semanas.

A British American Tobacco (BAT), fabricante dos cigarros Lucky Strike, espera a qualquer momento a resposta da FDA, agência que regula fármacos e alimentos nos EUA, disse o diretor de marketing da empresa, Kingsley Wheaton.

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“Estamos otimistas", disse Wheaton em entrevista. “É uma parte importante de nossa estratégia tentar construir um futuro melhor.”

Fabricantes de tabaco, cujos produtos são associados a danos nos pulmões, participam da corrida para desenvolver uma vacina contra o coronavírus, que se espalha principalmente por gotículas respiratórias. A Medicago, empresa de biotecnologia controlada parcialmente pela Philip Morris International, também desenvolve uma vacina à base de plantas que poderia estar disponível no primeiro semestre de 2021, se for bem-sucedida.

Existem 24 candidatas a vacinas em ensaios clínicos, embora a taxa de sucesso de tais programas seja normalmente de 10%, disse na semana passada a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, Soumya Swaminathan.

A Kentucky BioProcessing, subsidiária da BAT, usa plantas de tabaco para o desenvolvimento da vacina experimental, que é derivada da sequência genética do Sars-CoV-2, o vírus que causa a Covid. Elementos da vacina se acumulam nas plantas de tabaco dentro de seis semanas, enquanto outros métodos levam meses, de acordo com a BAT.

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