Acompanhe:

Tecido mole de dinossauro mais antigo é encontrado em costela

A descoberta promete uma chance de extrair pistas raras sobre a biologia e a evolução de animais extintos há muito tempo

Modo escuro

Continua após a publicidade
Dinossauro: "Nós mostramos a presença de proteína preservada em um dinossauro de 195 milhões de anos, pelo menos 120 milhões de anos mais antiga do que qualquer outra descoberta similar" (Getty Images)

Dinossauro: "Nós mostramos a presença de proteína preservada em um dinossauro de 195 milhões de anos, pelo menos 120 milhões de anos mais antiga do que qualquer outra descoberta similar" (Getty Images)

A
AFP

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às, 20h35.

A costela de um dinossauro herbívoro de pescoço longo que viveu há 195 milhões de anos forneceu o que pode ser o vestígio de tecido mole mais antigo já recuperado, disseram cientistas na terça-feira.

A descoberta promete uma chance de extrair pistas raras sobre a biologia e a evolução de animais extintos há muito tempo, escreveu uma equipe de pesquisadores na revista científica Nature Communications.

Essas informações são, em sua maioria, ausentes em esqueletos duros preservados, que formam a maior parte dos registros fósseis.

"Nós mostramos a presença de proteína preservada em um dinossauro de 195 milhões de anos, pelo menos 120 milhões de anos mais antiga do que qualquer outra descoberta similar", disse à AFP o coautor do estudo Robert Reisz, da Universidade de Toronto Mississauga.

"Essas proteínas são os blocos de construção dos tecidos moles de animais, e é emocionante entender como eles foram preservados", acrescentou.

Reisz e uma equipe escanearam um osso de costela de Lufengossauro, um dinossauro comum no período Jurássico Inferior, que media até oito metros de comprimento.

Os pesquisadores usaram um feixe de fótons no Centro Nacional de Pesquisa de Radiação Síncrotron em Taiwan para examinar o interior do osso, especificamente seus conteúdos químicos.

Eles encontraram evidências de proteínas de colágeno dentro de pequenos canais na costela e concluíram que se tratava "provavelmente de restos dos vasos sanguíneos que forneciam sangue para as células ósseas do dinossauro vivo".

A maioria dos estudos anteriores extraíram restos orgânicos através da dissolução de outras partes do fóssil, disse a equipe.

Com o método síncrotron, isso não é necessário, e até mesmo os restos mais antigos podem ser revelados sem danificar os ossos de dinossauros.

A descoberta mais antiga anterior de suspeita de hemácias e fibras de colágeno foi relatada em 2013, em dinossauros que viveram cerca de 75 milhões de anos atrás.

Proteínas e outros resíduos orgânicos geralmente se decompõem logo após a morte de um animal. Durante a fossilização, o espaço que este material ocupa no interior do osso é preenchido por depósitos minerais transportados por águas subterrâneas.

Portanto, é muito raro encontrar tecidos moles fossilizados.

Últimas Notícias

Ver mais
Biologia sintética: o futuro manipulado
ESG

Biologia sintética: o futuro manipulado

Há 2 meses

Cientistas chineses e brasileiros batizam pterossauro em comemoração a duas décadas de colaboração
Ciência

Cientistas chineses e brasileiros batizam pterossauro em comemoração a duas décadas de colaboração

Há 3 meses

Resumão Enem 2023: Veja as principais dicas dos professores para o segundo dia de prova
seloCarreira

Resumão Enem 2023: Veja as principais dicas dos professores para o segundo dia de prova

Há 4 meses

Resumo para o Enem 2023: Veja as principais temáticas que podem cair na prova este ano
seloCarreira

Resumo para o Enem 2023: Veja as principais temáticas que podem cair na prova este ano

Há 4 meses

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais