Stephen Hawking: físico fez alerta sobre o impacto da IA na humanidade (Dave J Hogan/Getty Images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 20h08.
Última atualização em 4 de dezembro de 2025 às 11h52.
Em 2014, quatro anos antes de morrer, Stephen Hawking disse à BBC que "o desenvolvimento da inteligência artificial podia significar o fim da raça humana”. Ele não se referia a robôs assassinos ou computadores com vida própria, mas sim no desequilíbrio de poder criado por uma inteligência superior que evolui rápido demais. Tão rápido que a humanidade não consegue acompanhar.
Para Hawking, a situação pioraria "se uma IA se tornasse capaz de se redesenhar". Segundo ele, enquanto os humanos evoluem lentamente, uma máquina capaz de se autoaperfeiçoar poderia evoluir de forma exponencial, deixando a humanidade para trás muito rápido.
O físico também alertou para os impactos sociais e econômicos da inteligência artificial. De acordo com Hawking, a automação em massa poderia acabar com milhões de empregos e concentrar o poder nas mãos de quem controla esses sistemas, criando desigualdades sociais profundas.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 25% dos empregos em todo o mundo estão potencialmente expostos à IA generativa, em uma pesquisa feita em 2025.
Dentro dessa porcentagem, 3,3% dos empregos globais estão na categoria Gradiente 4, ou seja, quase todas as tarefas têm alto risco de serem automatizadas.
Em outro estudo, feito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) em novembro de 2025, dados mostram que sistemas atuais de IA já conseguem executar tarefas equivalentes a 11,7% do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
"O sucesso na criação de IA será o maior evento da história da civilização, ou o último, a menos que aprendamos a evitar os riscos", alertou Hawking. Em 2025, os avanços da inteligência artificial provaram que a previsão do físico pode estar assustadoramente certa.