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Estudo sobre o maior macaco da história pode ajudar a entender evolução

Cientistas imaginam como seria a aparência do maior macaco do planeta, que existiu 2 milhões de anos atrás, e relacionam a descoberta com a evolução humana

Evolução: como a nova descoberta sobre a evolução dos macacos pode abrir portas para entender a evolução dos seres humanos (Ikumi Kayama, Studio Kayama LLC./Reprodução)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 15 de novembro de 2019 às 09h00.

Última atualização em 15 de novembro de 2019 às 10h00.

São Paulo - Por meio de um fóssil de um pedaço de dente, cientistas conseguiram descobrir características do maior macaco que já chegou a existir no planeta Terra . Da espécie Gigantopithecus blacki, o animal tinha cerca de três metros de altura e pesava, aproximadamente, 600 quilogramas.

Parente distante dos orangotangos, espécie originária da Ásia , o maior macaco do planeta teve seu único resquício corporal encontrado em 1935: um dente que tem, aproximadamente, 2 milhões de anos de idade - e sua única relação familiar com os orangotangos foi apontada cerca de 12 milhões de anos atrás.

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A partir desse fóssil, retirado de uma caverna chinesa, cientistas da Universidade de Copenhage conseguiram obter evidências moleculares da espécie, identificando sua aparência e descobrindo novas informações sobre a evolução dos macacos. Confira, abaixo, o dente que foi encontrado na China:

-(Ikumi Kayama, Studio Kayama LLC.)

Para conseguir recriar a aparência física do macaco, os cientistas compararam sua sequência de proteínas, a partir do fragmento dentário, com as sequências proteicas de espécies de macacos existentes nos dias atuais. A ação de conseguir informações proteicas a partir do esqueleto de um fóssil de milhões de anos é algo, até então, raro, e apresenta uma chance - ainda que pequena - para que cientistas obtenham maiores informações sobre ancestrais de diferentes espécies, incluindo seres humanos.

Frido Welker, de Copenhage, disse para a BBC News que o estudo favorece a compreensão da evolução humana, e facilita que cientistas consigam estudar com maior facilidade ancestrais que moravam em regiões tropicais ou com clima mais quente: "Este estudo sugere que as proteínas antigas podem ser uma molécula resistente que sobrevive durante a maior parte da evolução humana recente, mesmo em áreas como a África ou a Ásia, e assim, no futuro, poderemos estudar nossa própria evolução como espécie durante um período muito longo", comentou Welker.

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