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Mais Médicos seleciona 521 estrangeiros

O programa tem como objetivo levar médicos para trabalhar na rede pública em áreas distantes, no interior e nas periferias

Médico atende paciente: de acordo com o ministério, há médicos estrangeiros de 49 nacionalidades, mas a maioria vem da Espanha, de Portugal e da Argentina (Adam Berry/Getty Images/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 19h09.

Brasília - Balanço do Ministério da Saúde divulgado no sábado, 11, aponta que 521 médicos estrangeiros e 194 brasileiros formados no exterior foram selecionados para atuar no programa Mais Médicos, totalizando 715 profissionais com diploma de fora do país.

O programa tem como objetivo levar médicos para trabalhar na rede pública em áreas distantes, no interior e nas periferias.

De acordo com o ministério, há médicos estrangeiros de 49 nacionalidades, mas a maioria vem da Espanha, de Portugal e da Argentina.

O levantamento mostra que o grupo teve mais interesse de trabalhar em regiões menos necessitadas e deixou em última opção justamente as áreas mais carentes.

Os dados apontam que 204 das vagas escolhidas pelos profissionais formados no exterior estão na região Sul, 162 no Sudeste, 153 no Nordeste, 137 no Norte e 59 no Centro-Oeste. O ministério diz que a maior parte das cidades está em áreas de fronteira, e atribui o maior interesse pela região ao fato de muitos serem argentinos.

“Em um mês, conseguimos mobilizar um grande número de brasileiros e estrangeiros. Esse é apenas o início do programa, o processo continua aberto e usaremos de todas as estratégias para suprir as mais de 15 mil vagas apontadas pelos municípios”, disse em nota o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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Já os médicos formados no Brasil que não tinham homologado sua participação no programa tiveram uma segunda chance para confirmar o interesse. Ao todo, 367 optaram, novamente, por 192 cidades.

Agora, esses médicos têm até amanhã para efetivamente confirmar o interesse na vaga e homologar a inscrição. Por meio do Mais Médicos, eles poderão atuar no país por tempo determinado (até três anos) sem fazer a revalidação do diploma de Medicina, o que é duramente criticado pelas entidades médicas e escolas de Medicina.

Dilma

Em evento em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff aproveitou a presença de prefeitos do interior gaúcho para explicar o Mais Médicos. Ela mostrou um mapa do Brasil e apontou que a grande maioria dos profissionais brasileiros que se inscreveram no programa escolheram como região de interesse de trabalho o litoral.

“Tirando Manaus e Brasília, o resto todo escolheu o litoral. Assim, passaremos (a contratar) médicos com diploma no exterior.” A presidente também criticou o preconceito contra médicos formados fora do país. (Colaborou Lucas Azevedo). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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