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Mais Médicos é exemplo em medicina de família, diz entidade

O programa do governo é considerado uma referência internacional pela Organização Mundial de Medicina Familiar


	Mais Médicos: além do Brasil, o presidente da Wonca destacou o sistema de saúde de Cuba
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Mais Médicos: além do Brasil, o presidente da Wonca destacou o sistema de saúde de Cuba (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 22h54.

Montevidéu - O programa Mais Médicos do governo brasileiro é considerado uma referência internacional pela Organização Mundial de Medicina Familiar (Wonca, sigla em inglês), informou nesta sexta-feira à Agência Efe seu presidente, o australiano Michael Kidd, durante o 4º Congresso Ibero-americano da especialidade em Montevidéu, no Uruguai.

"O Brasil tem um sistema de 33 mil equipes de medicina familiar, que são formadas por médicos, enfermeiros e assistentes sociais que trabalham em conjunto para cuidar da saúde de uma grande quantidade de pessoas", explicou o médico australiano.

Para Kidd, "é verdade que esse número não é suficiente para o tamanho da população do Brasil, mas se há uma equipe dessas para atender cada 5 mil habitantes, está em condições de prestar uma boa cobertura".

Além do Brasil, o presidente da Wonca destacou o sistema de saúde de Cuba como outro exemplo para o mundo.

Na opinião do médico australiano, os dois países demonstram que é possível superar as dificuldades econômicas para garantir o acesso da população à saúde, já que a medicina familiar acaba reduzindo os gastos públicos.

"Por outro lado, os Estados Unidos, que são um país rico e têm muitos recursos, não conseguem oferecer uma cobertura de saúde de boa qualidade porque não investem em atendimento primário e na medicina familiar", comparou Kidd.

Para o australiano, ao oferecer o atendimento integral, a medicina familiar evita uma sobrecarga de intervenções e reduz tanto o desgaste do paciente como do próprio sistema de saúde.

"O papel do médico de família é abrir as portas para as outras especialidades quando for necessário, e isso é muito importante nesses tempos em que os governos se perguntam como proporcionar um sistema de saúde menos custoso e mais eficiente", concluiu.

Nesse sentido, o coordenador executivo da Confederação Ibero-Americana de Medicina Familiar (Cimf), Luis Aguilera, disse à Efe que cerca de 90% do total de atendimentos que ocorrem em um centro de saúde podem ser resolvidos pelo médico de família e pela equipe de atendimento.

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