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Maioria sai da escola sem aprender matemática, diz pesquisa

O nível de proficiência em matemática foi medido com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica referentes a 2013, do Ministério da Educação


	Alunos de ensino médio de escola estadual no Rio de Janeiro
 (Marcelo Horn/Gerj)

Alunos de ensino médio de escola estadual no Rio de Janeiro (Marcelo Horn/Gerj)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 16h49.

São Paulo - Levantamento do Movimento Todos pela Educação aponta que 2,7% dos estudantes de Roraima terminam o ensino médio dominando o conteúdo de matemática.

No Maranhão, o percentual é 2,8% e no Amazonas, 2,9%. Esses três estados tiveram o pior resultado no relatório De Olho nas Metas, divulgado hoje (2).

O nível de proficiência em matemática foi medido com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica referentes a 2013, do Ministério da Educação.

De acordo com os dados, o resultado também é baixo na média nacional: 9,3% dos que concluem o ensino médio absorveram o essencial da disciplina.

Os estudantes do Distrito Federal tiveram o melhor desempenho com 17% deles demonstrando proficiência na matéria. No Rio Grande do Sul, o percentual é 13,8%.

O relatório destaca que nem mesmo os estados com melhor resultado atingiram a meta proposta pelo Todos pela Educação de 28,3% dos estudantes com domínio do conteúdo de matemática.

“A cada 20 crianças que ingressam no ensino fundamental, apenas uma está saindo com a aprendizagem adequada em matemática”, enfatiza a coordenadora-geral da pesquisa, Alejandra Velasco.

Em português, os resultados foram um pouco melhores, porém também abaixo das metas. O Distrito Federal tem 40,2% dos estudantes concluintes do ensino médio com os conhecimentos essenciais em português.

O percentual é maior do que a meta nacional (39%), mas menor do que o objetivo específico (54,7%). Na média de todo o país, o percentual ficou em 27,2%. Os piores resultados foram registrados no Maranhão (12,2%) e em Alagoas (12,6%).

Para contornar essa situação, Alejandra Velasco defende uma atenção específica ao ensino médio.

“Só corrigindo o percurso todo é que se corrigirá essa estatística. Isso é o produto de toda a escolaridade desse aluno. Então, a gente precisa falar e ter soluções específicas para os anos finais do ensino fundamental, que é uma etapa esquecida das políticas públicas”, ressaltou após a apresentação dos dados.

Para Alejandra, a matemática é uma disciplina especialmente difícil de se apresentar aos estudantes.

“Com matemática, há uma dificuldade maior de não apenas apresentar os conteúdos, mas relacionar esses conteúdos com o cotidiano do aluno”, destacou. Por esse motivo, ela enfatizou a importância da capacitação dos educadores.

“Não é apenas o domínio dos conhecimentos específicos de matemática. Mas é também o domínio de diferentes técnicas e formas de se ensinar esses conhecimentos. Ter um repertório para quando uma estratégia não funciona com determinados alunos, empregar outra”, acrescentou.

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