Inteligência artificial é melhor do que médicos para diagnosticar câncer
Rede neural foi treinada com mais de 100 mil imagens de câncer de pele
Lucas Agrela
Publicado em 29 de maio de 2018 às 09h07.
Última atualização em 29 de maio de 2018 às 09h10.
São Paulo – Uma inteligência artificial foi melhor do que médicos dermatologistas para diagnosticar câncer de pele em um estudo feito por pesquisadores da Alemanha, dos Estados Unidos e da França.
O teste envolveu 58 dermatologistas de 17 países que foram apresentados a imagens de lesões cutâneas benignas e malignas. Pouco mais da metade dos médicos tinham mais de cinco anos de experiência, 19% tinha entre dois e cinco anos de atuação e 29% tinham menos de dois anos no mercado.
No jornal científico Annals of Oncology, os pesquisadores relatam que a inteligência artificial, uma rede neural convolucional que usa a técnica chamada aprendizagem de máquina, conseguiu superar o número de acertos de diagnósticos dos médicos. A média dos humanos foi de 86,6% contra 95% da inteligência artificial.
Para conseguir esse resultado, os pesquisadores treinaram a rede neural usando imagens de 100 mil lesões de pele malignas e benignas.
A meta dos pesquisadores agora é viabilizar o uso dessa inteligência artificial para oferecer diagnósticos mais rápidos e precisos aos pacientes, mas ainda há muito trabalho a ser feito para que ela realmente chegue ao atendimento clínico. Por ano, há mais de 200 mil casos registrados de melanoma.