Ciência

Imagem mostra coronavírus infectando células dos rins humanos

A nova “fotografia” pode ajudar a entender melhor o vírus e ajudar na criação de terapias que aliviem os sintomas da covid-19

Coronavírus: nova imagem mostra detalhes da infecção nos rins (BlackJack3D/Getty Images)

Coronavírus: nova imagem mostra detalhes da infecção nos rins (BlackJack3D/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 7 de fevereiro de 2021 às 13h41.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2021 às 13h49.

Uma nova imagem mostra como o novo coronavírus (SARS-CoV-2) infecta as células dos rins humanos para se replicar e causar a infecção, que pode levar a um quadro de covid-19. A imagem foi feita com o uso de um microscópio de íons de hélio de varredura, que utiliza um feixe de íons de hélio para analisar cenas microscópicas. O uso da tecnologia ainda não tinha sido demonstrada publicamente em análises do novo coronavírus.

A imagem mostra o momento em que as células são atacadas pelo vírus e como elas tendem reagir ao serem infectadas. O vírus “sequestra” a estrutura da célula para se replicar no organismo e leva à morte celular, a apoptose. Os resultados do estudo foram publicados no periódico científico Beilstein Journal of Nanotechnology.

Veja a imagem a seguir. A reportagem continua na sequência.

Coronavirus sars-cov-2.jpg

(Beilstein Journal of Nanotechnology/Bielefeld University/Divulgação)

“Este método é uma melhoria significativa para a imagem do vírus SARS-CoV-2 interagindo com a célula infectada. A microscopia de íon de hélio pode ajudar a entender melhor o processo de infecção em pacientes com covid-19 ”, diz, em nota, o co-autor do estudo Holger Sudhoff, médico-chefe da Clínica Universitária de Otorrinolaringologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina OWL da Universidade de Bielefeld, na Alemanha.

O SARS-CoV-2 é um vírus pequeno demais para ser visto em microscópios comuns. Ele tem cerca de 100 nanometros de diâmetro (em centímetros, 1.0×10-5).

A nova imagem não é apenas uma curiosidade científica. Ela ajudará a comunidade científica global a entender melhor como o coronavírus se comporta ao infectar células humanas, o que pode culminar no desenvolvimento de tratamentos que alivem os sintomas da covid-19.

Vale notar que mais de 100 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus. Na última semana, o número de vacinados já ultrapassou o de infectados pelo vírus.

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