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Idosos, diabéticos e doentes cardíacos: o grupo de risco do coronavírus

Estudo acompanhou pacientes hospitalizados em Wuhan, epicentro do coronavírus na China

Coronavírus: idade média das pessoas infectadas era de 56 anos e 62% eram homens (Feature China / Barcroft Studios / Future Publishing/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Publicado em 11 de março de 2020 às 18h44.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 12h03.

São Paulo — Estudo realizado com pessoas infectadas pelo novo coronavírus em Wuhan, epicentro da doença na China , indica que pacientes mais velhos, com problemas de coagulação do sangue ou sepse têm maior probabilidade de morrer ao serem infectadas pelo Covid-19,aponta a publicação NewScientist.

No início do surto, dois hospitais ficaram responsáveis pelo tratamento dos infectados na cidade. A pesquisa acompanhou o atendimento de 191 adultos que foram infectados até o dia 31 de janeiro e procurou padrões nas características daqueles que tiveram alta ou morreram.

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A idade média das pessoas infectadas era de 56 anos e 62% eram homens. Cerca de metade dos pacientes tratados apresentava condições médicas subjacentes, mais comumente diabetes e pressão alta.

Dos 191 indivíduos, 137 receberam alta e 54 morreram. O tempo médio desde o início da doença até a alta hospitalar foi de 22 dias, segundo a equipe médica. As mortes causadas pelo coronavírus ocorreram em média 18,5 dias após o início dos sintomas.

Grupo de risco

O risco de morte foi maior entre idosos ou que já tinham doenças como diabetes, doença cardíaca coronária, problemas de coagulação e sinais de sepse. No geral, mais da metade das pessoas hospitalizadas com o vírus desenvolveram sepse.

“O maior número de mortes entre as pessoas mais velhas acontece, em parte, por conta do enfraquecimento do sistema imunológico e pelo aumento da inflamação que pode promover a replicação viral e respostas mais prolongadas à inflamação, causando danos permanentes ao coração, cérebro e outros órgãos”, disse o co-autor do estudo Zhibo Liu no Hospital Jinyintan em Wuhan.

A equipe médica também concluiu que pessoas que já entraram em contato com o Covid-19 podem infectar outras pessoas por cerca de 20 dias. "O derramamento viral estendido observado em nosso estudo tem implicações importantes para orientar as decisões sobre precauções de isolamento e tratamento antiviral em pacientes com covid-19 confirmado", disse.

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