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Estudo restrito indica baixa eficácia da hidroxicloroquina contra covid-19

Uma nova pesquisa feita na China com 30 pacientes mostrou que o uso de uma certa dosagem do remédio foi indiferente para reduzir a presença do vírus

Remédio: medicamentos à base de cloroquina são estudados para combater a covid-19 (Pixabay/Reprodução)

Lucas Agrela

Publicado em 31 de março de 2020 às 20h13.

Última atualização em 1 de abril de 2020 às 16h56.

Em uma nova pesquisa realizada na China, o medicamento chamado hidroxicloroquina foi considerado indiferente para conter o contágio do novo coronavírus em pacientes infectados. Nesse caso específico deste estudo, a droga não chegou a curar os doentes da covid-19 nem mostrou benefício adicional no tratamento.

Assim como aconteceu na realizada na França que indicou a eficácia da hidroxicloroquina para pessoas com covid-19, a amostragem do estudo feito na China foi baixa. Ou seja, o número de participantes foi pequeno. Isso limita as aplicações das conclusões em ampla escala, apesar de ser algum avanço em termos de pesquisa.

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Foram avaliadas 30 pessoas, separadas em dois grupos. Um deles recebeu o tratamento convencional adotado em hospitais para combater síndromes respiratórias agudas graves, enquanto o outro recebeu o mesmo tratamento e mais 400 mg de hidroxicloroquina por cinco dias.

Nos dois grupos, a evolução do quadro clínico foi similar. No período de uma semana, 14 pessoas do grupo de controle e 13 do grupo que tomou a hidroxicloroquina se recuperaram da doença. E um paciente que estava no grupo tratado com a hidroxicloroquina evoluiu para o estado grave da doença. O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Zhejiang University .

Apesar da euforia em relação ao medicamento por parte de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, a hidroxocloroquina, usada contra malária, lúpus e artrite, assim como a variante cloroquina não são consideradas seguras pela Organização Mundial da Saúde para o tratamento da covid-19.

Vale notar que o medicamento não é visto como uma prevenção ao contágio do vírus. Por ora, hospitais fazem uso experimental das drogas, inclusive no Brasil, mas ainda não há evidências que mostrem a eficácia delas no combate ao novo coronavírus.

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