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Greenpeace divulga primeiras fotos de corais da Amazônia

Pesquisadores anunciaram a descoberta dos corais em abril do ano passado, e agora fizeram expedição para fotografá-los

Corais: entidades alertam para o risco da exploração de petróleo na região (Greenpeace/Divulgação)
AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 08h06.

Última atualização em 31 de janeiro de 2017 às 13h59.

Pesquisadores de diversas universidades brasileiras e a organização não governamental Greenpeace divulgaram as primeiras imagens do recife de corais da Amazônia.

Uma embarcação saiu do Porto de Santana, no Amapá, em direção à foz do Rio Amazonas, onde está o recife de corais, esponjas e rodolitos de 9,5 mil quilômetros quadrados (km²) - uma área 20% maior que a região metropolitana de São Paulo.

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Com o auxílio de um submarino, a ong Greenpeace e pesquisadores que anunciaram a descoberta dos corais, em abril do ano passado, fizeram uma expedição desde o dia 24 com o objetivo de observar, pela primeira vez, o recife e alertar sobre os perigos da exploração de petróleo na região.

"O objetivo da campanha [Defenda os Corais da Amazônia] é defender os corais da Amazônia. Esses corais são um novo bioma, um bioma único no mundo, porque eles estão localizados em uma região, uma área onde não se pensava possível a existência de corais como esses. E esse novo bioma já nasce ameaçado", disse Thiago Almeida da Campanha de Energia do Greenpeace.

Segundo Almeida, a perfuração e exploração de petróleo na região pode começar ainda este ano e "toda atividade petrolífera traz consigo o risco de um derramamento de petróleo".

Ele disse que, em caso de um vazamento, não só os corais estariam ameaçados, mas as comunidades tradicionais da região, incluindo pescadores, extrativistas, quilombolas e indígenas, que dependem da costa brasileira para sobreviver, seriam gravemente afetados.

No sábado (28), o submarino foi lançado do navio Esperanza com o cientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fabiano Thompson, e Kenneth Jozeph Lowick, do Greenpeace da Bégica.

O cientista da UFRJ liderou o grupo de cientistas que descobriu o recife de corais na foz do Rio Amazonas.

Veja as fotos:

Montes de rodolitos formados por peixes (Divulgação)

Esponjas amarelas, entre outras espécies, se misturam a algas e rodolitos (Divulgação)

Entre algas coloridas e rodolitos, o caranguejo-aranha faz sua limpeza na companhia do peixe-borboleta (Divulgação)

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