Ciência

Fazer faxina ou caminhar até o trabalho pode diminuir mortalidade

Segundo estudo, praticar atividades simples como essas diariamente poderia evitar uma a cada 12 mortes

Rotina: segundo os autores do estudo, cerca de um quarto da população mundial não realiza as rotinas mínimas recomendadas (SolisImages/Thinkstock)

Rotina: segundo os autores do estudo, cerca de um quarto da população mundial não realiza as rotinas mínimas recomendadas (SolisImages/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 11h24.

Uma em cada 12 mortes no período de cinco anos pode ser evitada com 30 minutos de exercício diário, uma rotina que pode ser composta de atividades simples, como fazer faxina ou caminhar até o trabalho cinco dias por semana, revela um estudo publicado nesta sexta-feira.

"Ser muito ativo (750 minutos por semana) está associado a uma redução ainda maior", segundo um estudo publicado na revista médica The Lancet.

A pesquisa que fez um acompanhamento de 130 mil pessoas em 17 países "confirma que em uma escala global a atividade física está relacionada a um menor risco de mortalidade e de doenças cardiovasculares", disseram os autores do estudo em um comunicado.

A relação se dava sem importar o país, o tipo de atividade ou se esta fazia parte de uma classe, uma rotina de transporte ou de trabalho doméstico.

A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 150 minutos de exercícios de "intensidade moderada" ou 75 minutos de atividade aeróbica "intensa" a cada semana.

Segundo os autores do estudo, cerca de um quarto da população mundial não realiza estas rotinas.

O novo estudo revelou que "caminhar, ainda que seja 30 minutos na maioria dos dias da semana tem um benefício substantivo", indicou o diretor do estudo, Scott Lear, acadêmico da Universidade Simon Fraser do Canadá.

O estudo incluiu participantes com idades entre 34 e 70 anos de meios urbanos e rurais em países ricos e pobres.

Os indivíduos foram estudados durante quase sete anos.

Os cientistas compararam os dados das pessoas que sofreram ataques cardíacos, derrames e outras doenças com os níveis de atividade física que elas realizavam.

"Das 106.970 pessoas que seguiram as recomendações de atividade, 3,8% desenvolveram doenças cardiovasculares, em comparação com 5,1% das pessoas que não" seguiram as recomendações, afirmaram os autores.

"O risco de mortalidade também foi mais alto para pessoas que não fizeram o mínimo recomendado de atividade, com 6,4% contra 4,2%", disseram os cientistas.

A atividade realizada caminhando para transportes, efetuando um trabalho ou atividades domésticas foram as formas mais comuns de exercício, determinaram os pesquisadores.

"Em termos gerais, quanto maior o nível de atividade de uma pessoa, menor o risco de mortalidade e de sofrer de doenças cardiovasculares", concluíram.

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