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Após cloroquina e Remdesivir, Avigan é aposta contra coronavírus

Baseado no favipiravir, o Avigan é a aposta do Japão no combate à covid-19, mas faltam evidências conclusivas sobre a eficácia contra o novo coronavírus

Remédios: pesquisas ainda não são conclusivas a respeito de medicamentos contra coronavírus (REB Images/Getty Images)

Lucas Agrela

Publicado em 5 de maio de 2020 às 17h55.

Última atualização em 6 de maio de 2020 às 17h56.

A droga favipiravir vem sendo estudada junto a outras cerca de 200 que podem tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus , como acontece com o Remdesivir, a cloroquina e a hidroxicloroquina. Apesar de da falta de testes clínicos conclusivos ou recomendação oficial da Organização Mundial da Saúde, a droga Avigan , baseada no favipiravir, vem sendo promovida por Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão .

O governo japonês prometeu fornecer o medicamento a mais de 40 países, segundo informações do jornal local Nikkei . Mais de 80 países demonstraram interesse no medicamento Avigan, da Fujifilm Holdings, que tem chances de atenuar casos com sintomas leves de covid-19. A droga já fora usada na Guiné, em 2016, para o tratamento do vírus ebola.

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O Japão espera que a aprovação do medicamento como tratamento para a covid-19 ocorra neste mês de maio.

Não é a primeira vez que um político promove um medicamento contra a doença covid-19 sem embasamento científico conclusivo. A cloroquina foi apontada como possível solução pelos presidentes dos Estados Unidos e do Brasil. Um primeiro estudo preliminar feito na França, sem grupo de controle e com pequena amostragem de pacientes, mostrou que pacientes infectados pelo coronavírus tiveram melhora com o medicamento. No entanto, outro estudo feito no Brasil mostrou que a alta dosagem do remédio pode aumentar a letalidade da doença.

Nos Estados Unidos, o antiviral Remdesivir, da Gilead Sciences, vem sendo estudado e, segundo a empresa, tem resultados positivos na aceleração da recuperação de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Assim como todas as demais drogas estudadas, ainda não há evidência científica conclusiva a respeito de sua eficácia contra o vírus.

Sem remédio ou vacina - prevista para setembro pela Universidade de Oxford, no Reino Unido -, o mundo segue em quarentena para conter a propagação do vírus, que já infectou mais de 3 milhões de pessoas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.

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