Ciência

Coronavírus: após novas pesquisas, OMS diz que ibuprofeno pode ser usado

Posição oficial da OMS, agora, é de que a droga, assim como o paracetamol, pode ser usada contra sintomas

Máscaras contra coronavírus: anteriormente, uso do medicamento havia sido uso do ibuprofeno havia sido desaconselhado (Rahel Patrasso/Reuters)

Máscaras contra coronavírus: anteriormente, uso do medicamento havia sido uso do ibuprofeno havia sido desaconselhado (Rahel Patrasso/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2020 às 09h07.

Última atualização em 20 de março de 2020 às 09h39.

Com base em novas pesquisas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira, 19, que não há contraindicação para o uso do anti-inflamatório, antitérmico e analgésico ibuprofeno no tratamento de pacientes contaminados com o novo coronavírus.

O uso do ibuprofeno havia sido desaconselhado pelo ministro da Saúde da França, Olivier Veran, e reforçado, em um primeiro momento, pelo porta-voz da organização, Christian Lindmeier, no início desta semana.

Análise dos dados disponíveis, porém, contrariou a conclusão do ministro francês. A posição oficial da OMS, agora, é de que a droga, assim como o paracetamol, pode ser usada contra a febre, como ocorre normalmente, em meio à pandemia da covid-19. Em outras palavras, não existe comprovação da necessidade de evitar o medicamento.

Prevenção

Especialistas ouvidos pela reportagem tinham explicado que evitar o ibuprofeno é uma medida preventiva. Celso Granato, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretor médico do Grupo Fleury, havia dito que a associação entre o uso do remédio e o agravamento da doença ainda era preliminar.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) havia aconselhado que o uso do remédio fosse evitado, pois aumentaria os níveis de um receptor que facilita a entrada do vírus nas células.

À reportagem, a diretora de Ciência, Tecnologia e Inovação da SBC, Ludhmila Abrahão Hajjar, havia dito que se tratava de uma medida preventiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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