Ciência

Cientistas desenvolvem exame de sangue para detectar melanoma

O procedimento permitiu diagnóstico precoce do melanoma em 79% dos casos, segundo os autores da pesquisa

"Os pacientes cujo melanoma é detectado em um estado precoce têm uma taxa de sobrevida de cinco anos entre 90% e 99%", afirmou a pesquisadora do estudo (Gab13/Thinkstock)

"Os pacientes cujo melanoma é detectado em um estado precoce têm uma taxa de sobrevida de cinco anos entre 90% e 99%", afirmou a pesquisadora do estudo (Gab13/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 18 de julho de 2018 às 11h49.

Última atualização em 19 de julho de 2018 às 10h37.

Um grupo de pesquisadores australianos anunciou nesta quarta-feira um novo teste de sangue para detectar melanoma em sua etapa inicial, o que constitui uma descoberta mundial que poderá salvar muitas vidas.

Cientistas desenvolvem exame de sangue para detectar melanoma, de acordo com os cientistas da Universidade Edith Cowan, cujo trabalho foi publicado pela revista Oncotarget.

Na pesquisa, participaram 105 pacientes com melanoma e 104 pessoas saudáveis.

O procedimento experimentado permitiu diagnóstico precoce do melanoma em 79% dos casos, segundo os autores da pesquisa.

"Este teste sanguíneo é muito promissor como detector potencial porque pode identificar o melanoma em sua etapa inicial, quando ainda pode ser tratado", afirmou Pauline Zaenker, a principal pesquisadora, em um comunicado.

"Os pacientes cujo melanoma é detectado em um estado precoce têm uma taxa de sobrevida de cinco anos entre 90% e 99%", afirmou Zaenker.

Caso contrário, a taxa de sobrevivência cai para 50%.

Atualmente, o melanoma é detectado mediante um exame clínico realizado por um médico, que, em caso de lesão suspeita, procede a uma extração para a realização de uma biópsia.

"Examinamos um total de 1.627 tipos diferentes de anticorpos para identificar uma combinação de dez anticorpos, a mais apta a assinalar a presença de melanoma nos pacientes confirmados em comparação com os voluntários saudáveis", explicou Zaenker.

A equipe de pesquisa prepara um trabalho clínico que durará três anos para validar as conclusões e dispor de um teste que possa ser utilizado pelos médicos.

Un câncer em cada três é de pele, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Austrália é o país com uma das maiores prevalências de melanoma no mundo.

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