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Calcule a sua emissão de gases de efeito estufa e veja como compensá-la

Alcançar um planeta sustentável começa com uma vida também sustentável; descobrir como sua rotina interfere no clima é o primeiro passo para uma mudança de hábitos

Pegada de carbono: ações do dia a dia estão relacionadas direta ou indiretamente à emissão de CO2 na atmosfera (Agência/Getty Images)
GS

Gabriella Sandoval

Publicado em 18 de agosto de 2021 às 08h00.

Quando se pensa em emissão de gases de efeito estufa (GEE) – dos quais o dióxido de carbono é o mais abundante –, logo vêm à cabeça como vilões as grandes indústrias, as usinas movidas a carvão ou o desmatamento. Parece algo distante, às vezes até invisível, e que você não tem muito a ver com isso. Mas não é bem assim.

Na verdade, todas as ações e escolhas de consumo do seu dia a dia têm consequências globais e interferem na crise climática. Sair para trabalhar, cozinhar, tomar banho, viajar, comprar roupas – essas e muitas outras coisas cotidianas estão relacionadas direta ou indiretamente com a emissão de CO2 na atmosfera.

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E é possível saber quanto você, individualmente, emite desse gás por ano. É a chamada pegada de carbono pessoal, que indica o rastro de GEE que você deixa no planeta com as suas atividades diárias. A estimativa pode ser feita por uma calculadora online, acessível a todos, que considera algumas informações principais da sua rotina.

Vamos fazer os cálculos?

Um exemplo em português é a calculadora da fintech ambiental Moss, que tem como base a Ferramenta de Cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol. Outras opções são a calculadora da Iniciativa Verde, organização do terceiro setor que atua na mitigação das mudanças climáticas, e a do Idesam, ONG que trabalha em prol do uso sustentável de recursos naturais na Amazônia.

Nas duas últimas calculadoras, junto com o resultado da pegada, vem a indicação de quantas árvores você precisa plantar por ano para compensar as suas emissões pessoais, além da alternativa de contribuir com o valor equivalente para os projetos ambientais das entidades, que farão a compensação por você.

Compensar as emissões pessoais, aliás, pode ser feito por qualquer indivíduo e é uma tendência que vem crescendo nos últimos anos. Algumas personalidades, inclusive, têm difundido essa ideia.

O piloto brasileiro de Stock Car, Allam Khodair, por exemplo, foi o primeiro piloto carbono zero do continente, neutralizando as suas emissões durante as corridas em parceria com a Iniciativa Verde, como também fez o colega de pista Cacá Bueno com a Moss. Outros exemplos são Stone Gossard, guitarrista da banda Pearl Jam, e o ator Marcos Palmeira, que zeraram o carbono com o Idesam.

2050 é agora

De acordo com a ONG ambiental The Nature Conservancy, cada habitante do planeta gera em média 4 toneladas de CO2 por ano. E esse número precisa ser reduzido a menos da metade até 2050 para que as mudanças climáticas não se agravem e se tornem um problema irreversível.

Além da alternativa da compensação, fazer a sua parte nessa redução começa com mudanças simples nos seus hábitos. O Instituto Akatu, ONG brasileira dedicada à sensibilização para o consumo consciente, exemplifica algumas:

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