Ciência

Ansiedade pode ser sinal precoce de Alzheimer

Descoberta pode ajudar a descobrir a doença mais cedo – e, ao tratá-la com antecedência, diminuir seus efeitos

 (iStock/SIphotography/Thinkstock)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 11h33.

Última atualização em 16 de janeiro de 2018 às 16h12.

Um novo estudo, realizado por pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital em Boston, nos Estados Unidos, pode ter encontrado uma relação direta entre altos níveis de ansiedade e a aparição de Alzheimer em pessoas com idade avançada.

Até então, estudos anteriores haviam apontado depressão e outros sintomas neuropsiquiátricos como possíveis sinais precoces de Alzheimer em sua fase pré-clínica, quando há um acúmulo maior de beta amiloide no cérebro de pacientes. Essa fase pode acontecer até uma década antes dos efeitos do Alzheimer começarem a aparecer.

Os investigadores, porém, examinaram a associação do surgimento dos beta amiloides e as medidas de sintomas depressivos em 270 pacientes homens e mulheres, entre 62 e 90 anos, sem desordens psiquiátricas. Então, perceberam que níveis mais altos do peptídeos podem estar associados com sintomas de ansiedade crescentes. Em resumo: a ansiedade pode ser um sinal precoce de Alzheimer.

“Em vez de olhar para a depressão como um todo, decidimos encarar sintomas específicos como a ansiedade. Ao compará-la com outros sintomas característicos da depressão, como tristeza ou perda de interesse, os sintomas de ansiedade aumentaram com o tempo nos pacientes que demonstraram um nível mais alto de beta amiloides no cérebro”, afirmou a principal responsável pelo estudo, Nancy Donovan, em comunicado publicado pelo hospital. “Se mais pesquisas comprovarem a ansiedade como um sintoma precoce, a descoberta seria importante não apenas para identificar pessoas com a doença, mas também para iniciar o tratamento e potencialmente diminuir ou prevenir seu desenvolvimento”, completou.

*Esta matéria foi publicada originalmente na Superinteressante

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