Acne: conheça os efeitos da doença em diferentes fases da vida
Doença está relacionada a problemas hormonais e pode afetar de bebês a adultos
Agência de notícias
Publicado em 29 de julho de 2023 às 09h00.
Quando se escuta a palavra “acne” , a primeira coisa que vem à mente são os cravos e as espinhas no rosto que, normalmente, aparecem durante a puberdade. No entanto, este problema também pode afetar bebês, crianças e adultos. A principal causa da acne comum costuma ser os problemas hormonais.
“Os sintomas da acne são desencadeados por oscilações na proporção entre os hormônios sexuais masculinos e femininos. Portanto, a alteração hormonal durante a puberdade é um dos principais desencadeantes da acne, mas também há fatores em outros momentos da vida que podem afetar o equilíbrio hormonal”, explica a dermatologista Sarah Bechstein.
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Tipos de acnes
Para esclarecer sobre os diferentes tipos de acnes que podem se manifestar ao longo da vida, Sarah Bechstein, especialista em tratamentos dermatológicos via telemedicina, explica os pontos de atenção ao observar mudanças na pele, confira!
Acne em recém-nascido
Quando termos como “acne do recém-nascido” ou “acne do bebê” são mencionados, muitas vezes não fica claro a qual doença eles se referem. Aqui é importante distinguir entre acne neonatorum (acne do recém-nascido) e acne infantil.
A acne do recém-nascido (ou acne do bebê) afeta cerca de 20% dos bebês, ela ocorre nas primeiras semanas após o nascimento e os sintomas comuns são: manchas vermelhas isoladas, cravos e pústulas. Ao contrário da maioria das outras formas de acne, a acne neonatal desaparece sozinha após algumas semanas e não requer tratamento.
Acne infantil
A acne infantil afeta cerca de 10% das crianças com idade entre 3 e 12 meses. Na maioria dos casos, você pode reconhecê-la por um grande número de cravos densos no rosto e pápulas ou pústulas isoladas. Ao contrário da acne em recém-nascido, neste caso você deve levar a criança ao pediatra ou ao dermatologista para que as impurezas da pele sejam examinadas profissionalmente.
Acne na adolescência
Cerca de 70% de todos os jovens entre 15 e 18 anos luta contra a acne clássica da puberdade. Os principais responsáveis pela manifestação são as mudanças hormonais significativas deste período. Muitas vezes, referida como acne “normal” ou “comum”, na maioria das pessoas ela diminui ou até mesmo desaparece após a puberdade, mas há uma alta probabilidade de que crises individuais ocorram na idade adulta.
Por isso, mesmo com sintomas leves, pode ser importante procurar a orientação de um dermatologista para que uma possível deterioração seja neutralizada ou para evitar a disseminação dos sintomas em um estágio inicial. Como os efeitos físicos dos hormônios sexuais masculinos são responsáveis pela acne, ela é muito mais comum em meninos durante a puberdade.
Acne na idade adulta
A acne tardia ocorre em cerca de 25% dos adultos com mais de 25 anos. Geralmente, ela pode ser identificada ao redor do queixo e da mandíbula, bem como no pescoço e na parte superior do corpo.
Ao contrário de todos os tipos de acnes mencionados anteriormente, a princípio, as mulheres são mais afetadas do que os homens nessa fase, que tem como consequência causas hormonais envolvidas, como: gravidez, interrupção no uso da pílula anticoncepcional e a menopausa, “eventos” que podem causar graves oscilações hormonais em mulheres.
Como é o tratamento?
A Dra. Sarah Bechstein explica que sofreu com a acne quando jovem e, anos mais tarde, ao parar de tomar a pílula anticoncepcional, enfrentou vários desafios ao tentar controlar os problemas de pele causados pelos hormônios. “Como tantos que lutam com esses problemas, experimentei diferentes produtos e usei muita maquiagem para cobrir as manchas, mas nada parecia funcionar”, lembra.
No caso da acne em adolescentes e adultos, de acordo com a dermatologista, o sucesso da terapia aplicada hoje se deve ao constante contato com o paciente e os produtos de composição personalizada. “Graças ao acompanhamento minucioso, podemos responder com precisão aos problemas de pele individuais e desenvolver uma fórmula que combine os ingredientes apropriados para a pele de cada pessoa”, destaca a dermatologista.
Por Júlia Kalili