2021 foi o 5° ano mais quente já registrado desde 1850
Relatório do Serviço Copérnico de Mudanças Climáticas da UE informou que os últimos sete anos foram os mais quentes do planeta
Agência Brasil
Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 14h53.
Última atualização em 10 de janeiro de 2022 às 15h30.
O ano passado foi o quinto mais quente já registrado, com os níveis de gases aquecedores do planeta, como o dióxido de carbono e o metano, alcançando patamares recordes, afirmaram cientistas da União Europeia (UE).
O Serviço Copérnico de Mudanças Climáticas da UE (C3S) informou, em relatório divulgado nesta segunda-feira, 10, que os últimos sete anos foram os mais quentes do planeta, conforme registros que datam de 1850. A temperatura média global em 2021 ficou entre 1,1 e 1,2 grau Celsius acima dos níveis de 1850 a 1900.
Os anos mais quentes registrados até hoje foram 2020 e 2016.
Vários países estão comprometidos com o Acordo de Paris, de 2015, para limitar o aumento das temperaturas globais em 1,5 ºC, nível que, segundo os cientistas, vai evitar os piores impactos do aquecimento global. A meta requer que as emissões sejam cortadas pela metade até 2030, mas até agora elas só aumentaram.
Conforme as emissões alteram o clima do planeta, a tendência de aquecimento em longo prazo continua. As mudanças climáticas exacerbaram muitos dos eventos climáticos extremos que marcaram o mundo em 2021, desde inundações na Europa, China e no Sudão do Sul, aos incêndios florestais nos Estados Unidos.
"Esses eventos são forte lembrete da necessidade de mudarmos nosso modo de vida e de tomarmos medidas decisivas e eficientes em direção a uma sociedade sustentável e à redução de emissões líquidas de carbono", afirmou o diretor do C3S Carlo Buontempo.