What’s Next: mais de 30 tendências sobre o lifestyle masculino
Confira o bate-papo entre Ivan Padilla, editor de Casual EXAME, Richard Stad, CEO da Aramis, Vitor Coelho, consultor da WGSN, e o jornalista Ernesto Xavier sobre masculinidades (isso mesmo, no plural)
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Publicado em 31 de agosto de 2022 às 14h43.
Última atualização em 31 de agosto de 2022 às 14h47.
A Aramis, uma das principais marcas de moda masculina do Brasil, se uniu à consultoria WGSN, líder em tendências globais para mercados de consumo, para lançar o What´s Next – O estudo sobre os homens. O material traz, numa linha do tempo, uma reflexão sobre o papel do homem desde a pré-história até os dias atuais, as mudanças que têm permitido a vivência de várias masculinidades e o mapeamento de mais de 30 tendências no lifestyle masculino.
Homens dentro (e fora) da caixa
Um dos destaques dessa trajetória é “ a caixa dos homens ”, um conceito criado nos anos 1980 pelo escritor americano Paul Kivel, no qual para ser “homem de verdade” é preciso ser, entre outras coisas, branco, heterossexual, autossuficiente e atraente.
Apesar desse conceito seguir formando grande parte do universo masculino, o estudo mostra quanto estar preso a uma caixa pode ter impactos negativos.
Por outro lado, traz um alento ao destacar que movimentos em favor de homens reais, que cuidam da casa e dos filhos, e constroem diferentes configurações de família, têm ajudado a desconstruir a figura do “machão”.
“A masculinidade hegemônica que prevaleceu durante séculos e séculos começa a ser quebrada. Os homens começam a se libertar e compreender que não precisam estar dentro dessa caixa apenas. Que eles podem se expressar de maneiras diferentes e que a roupa, a vestimenta, pode mostrar para o mundo algumas informações que ele gostaria de passar”, disse o jornalista Ernesto Xavier.
A casualização da moda
Ao lado dele em um bate-papo moderado por Ivan Padilla, editor da Casual EXAME, e com a participação de Vitor Coelho, consultor da WGSN, Richard Stad, CEO da Aramis, destacou também quanto a pandemia acabou acelerando outra tendência: a casualização da moda.
“A desconstrução do guarda-roupa tradicional trouxe uma liberdade para o homem se vestir com elegância, mas sem abrir mão do conforto, usando cada vez mais aquilo que o faz se sentir bem”, disse Stad. Em resposta à nova tendência, a marca passou a investir em peças e tecidos que permitissem com que o homem se vestisse com elegância, mas sem deixar o conforto de lado.
Recentemente, a Aramis também lançou um marketplace de lifestyle com curadoria de marcas que dialogam com o consumidor, e o Aramis Way, uma plataforma de conteúdos onde, inclusive, é possível encontrar recortes do estudo feito em parceria com a WGSN, como no episódio “ O papel dos homens através do tempo ”.
“A discussão não é mais sobre isso. É sobre ser uma marca que traz conteúdo, engajamento e empoderamento para o homem se permitir e ter liberdade de ser ele mesmo”, diz Stad.
Sentimentos dos homens
No estudo em parceria com a Aramis, a WGSN identificou ainda três sentimentos que estão atravessando os homens, sejam os que estão mais dentro da caixa, sejam aqueles que estão explorando novas opções de masculinidade e falando de masculinidade mais no plural (masculinidades). São eles: o receio, a desconexão e o desconforto.
“O que a gente percebe é que as marcas que estão lançando soluções para responder a isso, trazendo alívio e segurança para o público masculino”, destaca Vitor Coelho, consultor da WGSN.
No vídeo acima, o especialista traz algumas das tendências apontadas no estudo, como o Bro-Bathing (redescoberta dos benefícios mentais e psicológicos de um bom banho), o veganismo, o “No Makeup” Makeup, a técnica de realçar os traços sem ninguém saber, e a sustentabilidade, uma tendência já seguida pela Aramis em suas peças.
“O homem está cada vez mais confortável de olhar para o bem-estar e para ele com mais liberdade e confiança. Estamos em uma fase de evolução”, comemora Stad, da Aramis. Pelo visto, os dias dentro da caixa, que, como ele mesmo destaca, “blinda os homens de sentirem mais”, estão com os dias contados.