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Vargas Llosa afirma que a literatura é uma arma magnífica

Escritor acredita que a arte pode despertar o senso crítico nas pessoas

Vagner Llosa: "A literatura é uma arma magnífica" (Daniele Devoti/WIKIMEDIA COMMONS)
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 16h20.

Viena - Contar histórias e escutá-las é um prazer e uma forma de enriquecer a sensibilidade humana, mas também pode ser uma arma para sermos mais críticos e enfrentar as decisões judiciais do sistema.

Assim definiu nesta terça-feira o escritor peruano Mario Vargas Llosa sua visão sobre a literatura, exaltando a necessidade que as pessoas têm de pôr um pouco de ficção em suas vidas. Na ocasião, durante sua visita a Viena, Vargas Llosa participava de uma distribuição gratuita de sua obra "O Falador".

Em declarações à Agência Efe, o Prêmio Nobel de Literatura destacou que, além de um evidente prazer, a leitura faz as pessoas "mais conscientes das deficiências do mundo", gerando um espírito crítico.

"Acho que esse desassossego, esse mal-estar, esse espírito crítico é sempre um motor de mudança, de reforma e de progresso. A literatura contribui para formação de bons cidadãos", resumiu o escritor peruano.

"A literatura é uma arma magnífica, não só para enriquecer nossa imaginação e nossa sensibilidade, mas para atuar de uma maneira criativa no mundo em que vivemos", apontou Vargas Llosa, o protagonista da última edição do projeto "Uma cidade. Um livro", uma iniciativa da Prefeitura de Viena para incentivar a leitura.

Em relação a essa necessidade de ser críticos, Vargas Llosa assegurou compreender os "indignados" e seus protestos contra o sistema capitalista, embora tenha pedido que a oposição seja construtiva.

"Uma reação muito violenta contra o sistema é compreensível, e tomara que isso volte como criatividade e contribua para reformar o sistema e não destruí-lo", comentou o escritor.


Para Vargas Llosa, apesar de todos seus defeitos e todos os excessos cometidos, o sistema de livre comércio é o melhor que há. "É um sistema que garantiu o desenvolvimento, o progresso e, principalmente, a liberdade", lembrou.

"Convém lembrar que o sistema democrático é o que trouxe os maiores avanços na civilização humana. Não foi o comunismo, o fascismo e outros regimes ditatoriais", manifestou.

Por isso, o escritor peruano insistiu que é preciso corrigir o sistema por dentro para defender o lado positivo dos protestos que buscam reformar o sistema. Porém, Vargas Llosa advertiu as pessoas que "aspiram destruí-lo".

"É preciso dizer com toda clareza para não voltarmos aos populismos do passado, que tantos danos fizeram à civilização", frisou.

Desenvolvido há dez anos, o projeto "Uma cidade. Um livro" irá distribuir nesta edição de 2011 aproximadamente 100 mil exemplares do livro "O Falador", publicado em 1987. O romance, que apresenta a tribo amazônica dos Machiguenga como protagonista, reivindica a importância de "contar histórias".

A origem real do relato é o testemunho de um linguista, que viveu com esta tribo e, posteriormente, contou a Vargas Llosa todas as expectativas do povoado com a chegada de um contador de contos.

"A história me comoveu tanto porque a tribo Machiguenga tinha o mesmo sentido de emoção, de alegria e de transe que eu tive quando descobri as grandes obras da literatura".

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Viena - Contar histórias e escutá-las é um prazer e uma forma de enriquecer a sensibilidade humana, mas também pode ser uma arma para sermos mais críticos e enfrentar as decisões judiciais do sistema.

Assim definiu nesta terça-feira o escritor peruano Mario Vargas Llosa sua visão sobre a literatura, exaltando a necessidade que as pessoas têm de pôr um pouco de ficção em suas vidas. Na ocasião, durante sua visita a Viena, Vargas Llosa participava de uma distribuição gratuita de sua obra "O Falador".

Em declarações à Agência Efe, o Prêmio Nobel de Literatura destacou que, além de um evidente prazer, a leitura faz as pessoas "mais conscientes das deficiências do mundo", gerando um espírito crítico.

"Acho que esse desassossego, esse mal-estar, esse espírito crítico é sempre um motor de mudança, de reforma e de progresso. A literatura contribui para formação de bons cidadãos", resumiu o escritor peruano.

"A literatura é uma arma magnífica, não só para enriquecer nossa imaginação e nossa sensibilidade, mas para atuar de uma maneira criativa no mundo em que vivemos", apontou Vargas Llosa, o protagonista da última edição do projeto "Uma cidade. Um livro", uma iniciativa da Prefeitura de Viena para incentivar a leitura.

Em relação a essa necessidade de ser críticos, Vargas Llosa assegurou compreender os "indignados" e seus protestos contra o sistema capitalista, embora tenha pedido que a oposição seja construtiva.

"Uma reação muito violenta contra o sistema é compreensível, e tomara que isso volte como criatividade e contribua para reformar o sistema e não destruí-lo", comentou o escritor.


Para Vargas Llosa, apesar de todos seus defeitos e todos os excessos cometidos, o sistema de livre comércio é o melhor que há. "É um sistema que garantiu o desenvolvimento, o progresso e, principalmente, a liberdade", lembrou.

"Convém lembrar que o sistema democrático é o que trouxe os maiores avanços na civilização humana. Não foi o comunismo, o fascismo e outros regimes ditatoriais", manifestou.

Por isso, o escritor peruano insistiu que é preciso corrigir o sistema por dentro para defender o lado positivo dos protestos que buscam reformar o sistema. Porém, Vargas Llosa advertiu as pessoas que "aspiram destruí-lo".

"É preciso dizer com toda clareza para não voltarmos aos populismos do passado, que tantos danos fizeram à civilização", frisou.

Desenvolvido há dez anos, o projeto "Uma cidade. Um livro" irá distribuir nesta edição de 2011 aproximadamente 100 mil exemplares do livro "O Falador", publicado em 1987. O romance, que apresenta a tribo amazônica dos Machiguenga como protagonista, reivindica a importância de "contar histórias".

A origem real do relato é o testemunho de um linguista, que viveu com esta tribo e, posteriormente, contou a Vargas Llosa todas as expectativas do povoado com a chegada de um contador de contos.

"A história me comoveu tanto porque a tribo Machiguenga tinha o mesmo sentido de emoção, de alegria e de transe que eu tive quando descobri as grandes obras da literatura".

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