A linha de shampoos e condicionadores personalizáveis em até cinco fragrâncias e seis cores. (MeuQ/Divulgação)
Julia Storch
Publicado em 6 de março de 2021 às 07h27.
Última atualização em 6 de março de 2021 às 16h34.
Imagine ter um shampoo que atendesse a todas as necessidades do seu cabelo. Desde a espessura do fio à sua fragrância preferida. Por meio de inteligência artificial, a MeuQ criou a fórmula ideal para atender as demandas de cada consumidor que, ao responder um questionário, pode comprar shampoos (R$ 69, 250 ml), condicionadores (R$ 79, 250 ml) e leave in (R$ 39, 100 ml) que correspondam com suas madeixas. Em entrevista à Casual, Pedro Nunes, cofundador da startup, conta sobre o modelo de negócio e a expansão da marca que acaba de completar um ano.
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O mundo da beleza sempre esteve presente na vida de Pedro. Filho do profissional de beleza, Wanderley Nunes, fundador da rede de salões premium Studio W., Pedro sempre esteve inserido no mercado da beleza e cosméticos, ainda que, por 12 anos tenha se dedicado como profissional de corridas, da Stock Car à Fórmula 3.
Empreender sempre esteve no sangue do paulistano, que foi cofundador da Singu, startup que oferece serviços de manicure e pedicure à domicílio. Para a nova empreitada, Nunes uniu experiência à motivação para lançar um modelo de negócio dedicado à personalização da beleza. Assim, com o sócio Dimitri Ribeiro, ex-planner da Avon, lançaram a MeuQ, oficialmente, no início de 2020.
Com um público feminino majoritário de 25 a 40 anos, a marca atende todos os estados brasileiros. E com a base de dados das clientes, consegue mapear as demandas dos consumidores em todos os estados do país, além de entender como fatores climáticos, como incidência de raios UV e nível de umidade, interferem nos cabelos das brasileiras. Nunes comenta que com essas informações, “é possível personalizar cada vez mais nosso produto e atender demandas específicas”.
Durante a pandemia, a marca observou que as consumidoras procuraram ressignificar suas belezas, visto que salões de cabeleireiros ficaram por alguns meses de portas fechadas. “As mulheres passaram a se acostumar com o cabelo em seu formato natural, deixando de descolorir ou alisar menos os cabelos”, comenta.
Falando ainda sobre dados da pandemia, no ano passado a MeuQ criou 30 mil fórmulas únicas, que foram entregues em mais de 1.600 cidades, gerando um crescimento de 2.000%. Para este ano, a dupla espera aumentar as vendas de fórmulas únicas para até 500%, chegando a 150 mil formulações.
Para isto acontecer, Nunes adianta os diversos projetos para a marca, que vem sendo acelerada pelo GB Ventures, do Grupo Boticário. Algumas das novidades são o lançamento de produtos voltados às necessidades capilares masculinas (como afinamento de cabelo e caspa) e lançamento de refil e planos mensais para cronograma capilar. Além disso, com o aumento da automatização da fabricação, de 60% para 100%, a marca pretende abranger uma clientela maior, massificando a produção.
Ainda que os planos de expansão sejam profusos, um ponto que Nunes ressalta não abrir mão é a sustentabilidade. “Somos uma marca vegana, não testamos em animais e também participamos do programa Eu Reciclo, em que a cada embalagem vendida, que já são recicladas, outras duas embalagens são recicladas. Nossos produtos são entregues em caixas de papel kraft recicladas e em breve lançaremos os refis, para gerar menos embalagens”, comenta.
A marca também é clean beauty (referência ao não uso de petrolatos, parabenos, ftalatos na composição dos produtos), e conta com ingredientes como óleo de coco, abacate e semente de uva, extrato de kiwi e de semente de linhaça, quinoa hidrolisada, entre outros nas formulações.
Para quem deseja conhecer os produtos, Nunes adianta que, em breve, os cabeleireiros do país farão as vendas dos produtos personalizados diretamente dos salões para os clientes, a começar pelo Studio W. Enquanto isso, é possível encomendar e tirar as dúvidas sobre os produtos no chatbox do site (www.meuq.com.br).