Uefa lidera reação a Super Liga; governo britânico promete intervir
O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, descreveu o plano da Superliga como uma "cusparada na cara" de todos os amantes do futebol
Reuters
Publicado em 19 de abril de 2021 às 17h47.
Última atualização em 20 de abril de 2021 às 07h29.
A Uefa, entidade que governa o futebol europeu , liderou uma reação contrária aos planos de criação de uma Super L iga dissidente nesta segunda-feira, dizendo que jogadores e clubes associados serão banidos de suas competições – inclusive três dos semifinalistas da temporada atual da Liga dos Campeões.
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Discursando em uma reunião de emergência um dia depois de 12 dos maiores times da Europa anunciarem a nova liga, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, descreveu o plano da Super L iga como uma "cusparada na cara" de todos os amantes do futebol.
"Assim que possível, eles (clubes) e os jogadores têm quer ser banidos de todas as nossas competições", acrescentou.
Três dos 12 times da nova liga, Real Madrid, Manchester City e Chelsea, podem ser expulsos das semifinais da Liga dos Campeões nesta temporada, disse Jesper Moller, membro do comitê executivo da Uefa, à emissora dinamarquesa DR.
"Os clubes precisam ir embora, e acredito que isto acontecerá na sexta-feira. Depois temos que descobrir como encerrar o torneio da Liga dos Campeões (desta temporada)", disse Moller, que comanda a Federação Dinamarquesa de Futebol.
Os clubes da Super L iga – seis da liga inglesa, três da espanhola e três da italiana – terão vagas garantidas na nova competição, um contraste com a Liga dos Campeões, que exige que os times se classifiquem através de seus campeonatos nacionais.
O banco de investimento norte-americano JP Morgan está financiando a nova liga com uma concessão equivalente a 4,2 bilhões de dólares para os times fundadores gastarem com infraestrutura e recuperação do impacto da pandemia de covid-19.
O Reino Unido fará todo o possível para inviabilizar a liga, e está examinando opções para penalizar as seis equipes inglesas que se filiaram, disse seu ministro dos Esportes, Oliver Dowden, nesta segunda-feira.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não demorou para objetar aos planos no domingo, e Dowden disse que o governo tentará impedir o projeto se as autoridades do futebol não o fizerem.
Ceferin disse que a Super Liga se choca com o cerne da pirâmide do futebol europeu, na qual todos os times podem sonhar em disputar a Liga dos Campeões.
Em janeiro, a Fifa anunciou que não reconheceria nenhuma liga dissidente e que os jogadores que participarem dela poderiam se banidos da Copa do Mundo.