Trapaça e 12 Anos de Escravidão levam Globo de Ouro
Os filmes ganharam como melhor comédia e melhor drama respectivamente
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 10h09.
São Paulo - Primeiro foi a consagração das mulheres - as atrizes de David O. Russell em "Trapaça". Jennifer Lawrence correspondeu à expectativa e ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante de comédia e Amy Adams foi a melhor atriz. Impossível dizer qual das duas é melhor, mas você já pode fazer suas apostas.
Ambas, com toda certeza, serão indicadas para os prêmios da Academia de Hollywood na quinta-feira, dia 16. E olhem que, no Oscar, não existem as divisões de drama e comédia ou musical que tanta polêmica andam provocando no prêmio da Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood.
Dois prêmios importantes - melhor ator, para Michael Douglas, e melhor telefilme - foram mais do que merecia "Behind the Candelabra", de Steven Soderbergh, sobre Liberace, o pianista que jurava que não era gay e cujo comportamento excêntrico nunca levantou suspeitas nos puritanos EUA dos anos 1950.
Mas os grandes prêmios, os mais esperados da noite, foram para os filmes que estão pavimentando sua candidatura para o Oscar. "Trapaça" ganhou o Globo de Ouro para melhor comédia (ou musical).
O prêmio de drama para cinema foi o último a ser anunciado, e definido como o top da noite. Venceu o favorito "12 Anos de Escravidão", de Steve McQueen. Apesar da divisão por gêneros na categoria filme, o prêmio de direção é um só, e o vencedor não foi McQueen nem O. Russell. Ganhou o mexicano Alfonso Cuarón, cujo extraordinário "Gravidade" já é um marco não só da ficção científica, mas do cinema em geral.
Outro diretor, Spike Jonze, assinando seu primeiro roteiro sozinho, venceu o prêmio da categoria com "Ela" (Her). O filme que estreia em fevereiro possui um encanto todo especial. Foi uma noite de revivals.
Há 47 anos, Jacqueline Bisset foi indicada pelos correspondentes estrangeiros de Hollywood na categoria de 'promessa'. Todo este tempo e cinco indicações depois, ela finalmente ganhou seu prêmio de melhor coadjuvante de série ou filme de TV, por "Dancing on the Edge".
E surgiu a melhor atriz de minissérie - a norte-americana Elisabeth Moss, que fez a secretária de "Mad Men" e venceu por sua participação em "Top of the Lake", elogiado trabalho da neozelandesa Jane Campion. É o primeiro telefilme de Jane desde "Um Anjo em Minha Mesa", no começo da carreira dela, em 1990.
A melhor atriz de série dramática foi a ex de Sean Penn, Robin Wright. Ganhou por seu papel em "House of Cards", em que faz a mulher do ambicioso político Kevin Spacey. Diane Keaton, que já venceu Oscars e Globos de Ouro, foi agradecer o prêmio Cecil B. de Mille, atribuído a Woody Allen por sua extraordinária carreira.
Ela disse que o show biz não é muito pródigo em histórias de amizades, mas ela estava muito feliz por poder agradecer "em nome de meu amigo" que escreve grandes papéis para mulheres. Prova disso foi o Globo de Ouro para atriz de drama que Cate Blanchett venceu, por "Blue Jasmine".
O melhor ator de série dramática foi Bryan Cranston e, na sequência, o Globo de Ouro da categoria foi justamente para "Breaking Bad", em que ele faz o professor de química Walter White, cuja vida entra em parafuso quando descobre ser portador de um câncer terminal.
O que fazer para garantir, após sua morte, a sobrevivência da mulher e do filho que sofre de paralisia cerebral? White torna-se traficante - seria um vilão, se a plateia não o amasse tanto.
Uma surpresa - Alex Ebert superou os favoritos e ganhou o Globo de Ouro de trilha musical por "All Is Lost", que no Brasil vai se chamar "Até o Fim". O filme de J.C. Chandor coloca Robert Redford no papel de um homem que enfrenta tempestade no mar. É a primeira trilha do compositor, e ela se destaca pela economia, entrando pontualmente em cenas de grande intensidade dramática.
Logo em seguida, o Globo de Ouro de canção foi para o U2, pela canção de "Mandela", o longa de Justin Chadwick sobre o líder sul-africano. "Ordinary Love" - o quarteto subiu ao palco, mas foi Bono quem definiu: "A música é de amor porque o filme narra uma história de amor, a de Nelson Mandela pela humanidade".
O italiano Paolo Sorrentino ganhou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro por "A Grande Beleza", em cartaz nos cinemas brasileiros. Fez um discurso sucinto e inspirado - disse que o filme é sobre a Itália, esse país tão louco e tão maravilhoso.
O prêmio de melhor ator de comédia foi para Leonardo DiCaprio, por "O Lobo de Wall Street" - que agradeceu a seu diretor, classificando Martin Scorsese como "visionário".
Os Globos de Ouro de ator de drama e coadjuvante foram para Matthew McConaughey e Jared Leto, por "Clube de Compras Dallas", de Jean-Marc Vallée. Os dois são excepcionais em papéis arriscados, que levam com garra e paixão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Primeiro foi a consagração das mulheres - as atrizes de David O. Russell em "Trapaça". Jennifer Lawrence correspondeu à expectativa e ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante de comédia e Amy Adams foi a melhor atriz. Impossível dizer qual das duas é melhor, mas você já pode fazer suas apostas.
Ambas, com toda certeza, serão indicadas para os prêmios da Academia de Hollywood na quinta-feira, dia 16. E olhem que, no Oscar, não existem as divisões de drama e comédia ou musical que tanta polêmica andam provocando no prêmio da Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood.
Dois prêmios importantes - melhor ator, para Michael Douglas, e melhor telefilme - foram mais do que merecia "Behind the Candelabra", de Steven Soderbergh, sobre Liberace, o pianista que jurava que não era gay e cujo comportamento excêntrico nunca levantou suspeitas nos puritanos EUA dos anos 1950.
Mas os grandes prêmios, os mais esperados da noite, foram para os filmes que estão pavimentando sua candidatura para o Oscar. "Trapaça" ganhou o Globo de Ouro para melhor comédia (ou musical).
O prêmio de drama para cinema foi o último a ser anunciado, e definido como o top da noite. Venceu o favorito "12 Anos de Escravidão", de Steve McQueen. Apesar da divisão por gêneros na categoria filme, o prêmio de direção é um só, e o vencedor não foi McQueen nem O. Russell. Ganhou o mexicano Alfonso Cuarón, cujo extraordinário "Gravidade" já é um marco não só da ficção científica, mas do cinema em geral.
Outro diretor, Spike Jonze, assinando seu primeiro roteiro sozinho, venceu o prêmio da categoria com "Ela" (Her). O filme que estreia em fevereiro possui um encanto todo especial. Foi uma noite de revivals.
Há 47 anos, Jacqueline Bisset foi indicada pelos correspondentes estrangeiros de Hollywood na categoria de 'promessa'. Todo este tempo e cinco indicações depois, ela finalmente ganhou seu prêmio de melhor coadjuvante de série ou filme de TV, por "Dancing on the Edge".
E surgiu a melhor atriz de minissérie - a norte-americana Elisabeth Moss, que fez a secretária de "Mad Men" e venceu por sua participação em "Top of the Lake", elogiado trabalho da neozelandesa Jane Campion. É o primeiro telefilme de Jane desde "Um Anjo em Minha Mesa", no começo da carreira dela, em 1990.
A melhor atriz de série dramática foi a ex de Sean Penn, Robin Wright. Ganhou por seu papel em "House of Cards", em que faz a mulher do ambicioso político Kevin Spacey. Diane Keaton, que já venceu Oscars e Globos de Ouro, foi agradecer o prêmio Cecil B. de Mille, atribuído a Woody Allen por sua extraordinária carreira.
Ela disse que o show biz não é muito pródigo em histórias de amizades, mas ela estava muito feliz por poder agradecer "em nome de meu amigo" que escreve grandes papéis para mulheres. Prova disso foi o Globo de Ouro para atriz de drama que Cate Blanchett venceu, por "Blue Jasmine".
O melhor ator de série dramática foi Bryan Cranston e, na sequência, o Globo de Ouro da categoria foi justamente para "Breaking Bad", em que ele faz o professor de química Walter White, cuja vida entra em parafuso quando descobre ser portador de um câncer terminal.
O que fazer para garantir, após sua morte, a sobrevivência da mulher e do filho que sofre de paralisia cerebral? White torna-se traficante - seria um vilão, se a plateia não o amasse tanto.
Uma surpresa - Alex Ebert superou os favoritos e ganhou o Globo de Ouro de trilha musical por "All Is Lost", que no Brasil vai se chamar "Até o Fim". O filme de J.C. Chandor coloca Robert Redford no papel de um homem que enfrenta tempestade no mar. É a primeira trilha do compositor, e ela se destaca pela economia, entrando pontualmente em cenas de grande intensidade dramática.
Logo em seguida, o Globo de Ouro de canção foi para o U2, pela canção de "Mandela", o longa de Justin Chadwick sobre o líder sul-africano. "Ordinary Love" - o quarteto subiu ao palco, mas foi Bono quem definiu: "A música é de amor porque o filme narra uma história de amor, a de Nelson Mandela pela humanidade".
O italiano Paolo Sorrentino ganhou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro por "A Grande Beleza", em cartaz nos cinemas brasileiros. Fez um discurso sucinto e inspirado - disse que o filme é sobre a Itália, esse país tão louco e tão maravilhoso.
O prêmio de melhor ator de comédia foi para Leonardo DiCaprio, por "O Lobo de Wall Street" - que agradeceu a seu diretor, classificando Martin Scorsese como "visionário".
Os Globos de Ouro de ator de drama e coadjuvante foram para Matthew McConaughey e Jared Leto, por "Clube de Compras Dallas", de Jean-Marc Vallée. Os dois são excepcionais em papéis arriscados, que levam com garra e paixão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.