"Sobrenatural: Capítulo 2" esclarece mistérios do primeiro
Longa do diretor James Wan e o roteirista Leigh Whannell volta ao primeiro filme, de 2010, para explicá-lo
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 16h09.
São Paulo - Há uma qualidade curiosa no segundo capítulo da franquia "Sobrenatural" (o terceiro já foi anunciado): mais do que uma simples continuação, "Sobrenatural: Capítulo 2" volta ao primeiro filme , de 2010, para explicá-lo. O que faz sentido, já que a dupla formada pelo diretor James Wan e o roteirista Leigh Whannell (responsáveis por "Jogos Mortais") deixou uma série de dúvidas na produção anterior.
Basicamente, Wan e Whannell criaram uma trama de suspense sobre um fenômeno chamado de "projeção astral", em que supostamente o espírito de uma pessoa transcende o corpo e viaja para outras dimensões. No mirabolante roteiro, porém, como o corpo no plano físico está "vago", já que a alma do proprietário perambula pelo desconhecido, outro espírito pode se esgueirar para dentro. Uma espécie de possessão.
Daí a necessidade de conhecer o primeiro longa, quando o espectador entende o que está por trás do suplício da família Lambert, assombrada por fantasmas: tanto o pai, Josh (Patrick Wilson), quanto o filho mais velho, Dalton (Ty Simpkins), possuem o dom da projeção. O garoto, no entanto, é sequestrado no além por um demônio e Josh deve trazê-lo de volta antes que o vilão consiga entrar em seu corpo inerte.
Josh consegue salvar seu filho, mas não a si próprio. Seu corpo passa a ser possuído por uma idosa com ar de bruxa, cujo primeiro ato é matar a médium Elise (Lin Shaye), que assiste aos Lambert nesse momento. O suspense gerado no fim da projeção dá início a este segundo capítulo.
Após um prelúdio sobre a infância de Josh (assombrada pela tal senhora), o filme começa com o depoimento de Renai Lambert (Rose Byrne), esposa de Josh, na delegacia. Quem matou Elise? Embora ela suspeite de seu marido, agora incorporado por outra pessoa, não há como provar que foi ele.
A trama então ganha duas narrativas paralelas. A primeira é do conflito familiar, causado pela possessão e por outros fantasmas na casa, em especial a de uma mulher que fala para Josh/idosa matar a todos.
A segunda é o da mãe de Josh, Lorraine (Barbara Hershey), que, com a ajuda do médium Carl (Steve Coulter) e dos assistentes trapalhões (um deles, interpretado pelo próprio Leigh Whannell) da falecida Elise, decidem investigar quem realmente está no lugar de seu filho. Uma tumultuada investigação, cujo resultado lembra o clássico "Psicose", de Alfred Hitchcock.
Quando as duas narrativas se encontram, uma terceira aparece para o desfecho, exclusivamente passada no além. Nela, o espectador irá entender o que aconteceu com a alma de Josh e reencontrará Elise. Tudo bastante confuso e intrincado, daí a necessidade de prestar atenção a todos os detalhes.
O problema de "Sobrenatural: Capítulo 2" não é a complexidade desnecessária com que James Wan e Leigh Whannell constroem a história, mas seu exagero para contá-la.
Todos os elementos de terror estão em excesso aqui: maquiagem, cenografia, atuações, fotografia, trilha sonora. Em muitas cenas, em que a tensão deveria predominar, o efeito é de riso involuntário, graças à caricatura dos vilões.
O ponto interessante da produção, no entanto, é explicar o que ficou no ar desde o primeiro filme como, por exemplo, a ligação da tal idosa, cujo figurino mais parece uma fantasia de Halloween, com Josh durante tantos anos. Melhora a percepção do primeiro longa, mas a franquia ainda deixa muito a desejar.
//www.youtube.com/embed/EqaaNjpTi3s
São Paulo - Há uma qualidade curiosa no segundo capítulo da franquia "Sobrenatural" (o terceiro já foi anunciado): mais do que uma simples continuação, "Sobrenatural: Capítulo 2" volta ao primeiro filme , de 2010, para explicá-lo. O que faz sentido, já que a dupla formada pelo diretor James Wan e o roteirista Leigh Whannell (responsáveis por "Jogos Mortais") deixou uma série de dúvidas na produção anterior.
Basicamente, Wan e Whannell criaram uma trama de suspense sobre um fenômeno chamado de "projeção astral", em que supostamente o espírito de uma pessoa transcende o corpo e viaja para outras dimensões. No mirabolante roteiro, porém, como o corpo no plano físico está "vago", já que a alma do proprietário perambula pelo desconhecido, outro espírito pode se esgueirar para dentro. Uma espécie de possessão.
Daí a necessidade de conhecer o primeiro longa, quando o espectador entende o que está por trás do suplício da família Lambert, assombrada por fantasmas: tanto o pai, Josh (Patrick Wilson), quanto o filho mais velho, Dalton (Ty Simpkins), possuem o dom da projeção. O garoto, no entanto, é sequestrado no além por um demônio e Josh deve trazê-lo de volta antes que o vilão consiga entrar em seu corpo inerte.
Josh consegue salvar seu filho, mas não a si próprio. Seu corpo passa a ser possuído por uma idosa com ar de bruxa, cujo primeiro ato é matar a médium Elise (Lin Shaye), que assiste aos Lambert nesse momento. O suspense gerado no fim da projeção dá início a este segundo capítulo.
Após um prelúdio sobre a infância de Josh (assombrada pela tal senhora), o filme começa com o depoimento de Renai Lambert (Rose Byrne), esposa de Josh, na delegacia. Quem matou Elise? Embora ela suspeite de seu marido, agora incorporado por outra pessoa, não há como provar que foi ele.
A trama então ganha duas narrativas paralelas. A primeira é do conflito familiar, causado pela possessão e por outros fantasmas na casa, em especial a de uma mulher que fala para Josh/idosa matar a todos.
A segunda é o da mãe de Josh, Lorraine (Barbara Hershey), que, com a ajuda do médium Carl (Steve Coulter) e dos assistentes trapalhões (um deles, interpretado pelo próprio Leigh Whannell) da falecida Elise, decidem investigar quem realmente está no lugar de seu filho. Uma tumultuada investigação, cujo resultado lembra o clássico "Psicose", de Alfred Hitchcock.
Quando as duas narrativas se encontram, uma terceira aparece para o desfecho, exclusivamente passada no além. Nela, o espectador irá entender o que aconteceu com a alma de Josh e reencontrará Elise. Tudo bastante confuso e intrincado, daí a necessidade de prestar atenção a todos os detalhes.
O problema de "Sobrenatural: Capítulo 2" não é a complexidade desnecessária com que James Wan e Leigh Whannell constroem a história, mas seu exagero para contá-la.
Todos os elementos de terror estão em excesso aqui: maquiagem, cenografia, atuações, fotografia, trilha sonora. Em muitas cenas, em que a tensão deveria predominar, o efeito é de riso involuntário, graças à caricatura dos vilões.
O ponto interessante da produção, no entanto, é explicar o que ficou no ar desde o primeiro filme como, por exemplo, a ligação da tal idosa, cujo figurino mais parece uma fantasia de Halloween, com Josh durante tantos anos. Melhora a percepção do primeiro longa, mas a franquia ainda deixa muito a desejar.
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