Santos atropela Boca e garante final brasileira na Libertadores
Peixe encara Palmeiras na decisão do dia 30, no Maracanã
Agência Brasil
Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 06h16.
Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 20h29.
O Santos se classificou à decisão da edição 2020 da Libertadores com enorme autoridade. Dominante do começo ao fim dos 90 minutos, o Peixe atropelou o Boca Juniors (Argentina) por 3 a 0 nesta quarta-feira (13), na Vila Belmiro, em Santos (SP). Há uma semana, no jogo de ida do confronto pelas semifinais, em Buenos Aires, as equipes empataram sem gols.
Foi a terceira vez que Santos e Boca realizaram um duelo decisivo pela competição. Em 1963, o Peixe do Rei Pelé levou a melhor na final, assegurando o bicampeonato sul-americano. Quarenta anos depois, novamente em uma decisão, os Xeneizes deram o troco, liderados por Carlitos Tevez. O atacante de 36 anos, aliás, integra o atual elenco da equipe argentina, mas, desta vez, nada pôde fazer.
Campeão em 1962, 1963 e 2011, e vice em 2003, o Alvinegro terá pela frente o rival Palmeiras em uma inédita final 100% paulista, no próximo dia 30, às 17h (horário de Brasília), no estádio do Maracanã (Rio de Janeiro). O Verdão se classificou na terça-feira (12), mesmo derrotado por 2 a 0 pelo River Plate, também da Argentina, em São Paulo. O Alviverde levou a melhor pelo placar agregado (3 a 2), pois havia vencido na semana anterior, fora de casa, por 3 a 0.
Repetindo a postura adotada no jogo em que recebeu (e atropelou) o Grêmio nas quartas de final por 4 a 1, o Santos apresentou grande intensidade desde o apito inicial. Com menos de um minuto, o atacante Marinho acertou a trave. Aos 15, após um chute do atacante Yeferson Soteldo desviar no braço do zagueiro Lisandro López dentro da área, o meia Diego Pituca ficou com a sobra e abriu o placar.
Aos 32 minutos, o zagueiro Lucas Veríssimo deu um susto ao levar uma pancada em uma disputa de bola pelo alto. O impacto fez sair muito sangue da cabeça do defensor, que teve de sair de maca de campo. Mas o jogador não só voltou ao gramado (quase cinco minutos depois) como, antes do segundo tempo, recebeu quatro pontos na região atingida e atuou o restante da partida com uma proteção e uma touca de natação.
Com Marinho e o também atacante Kaio Jorge infernizando a defesa xeneize, e o ataque argentino sem espaços devido à forte marcação, o Alvinegro foi para o intervalo mais perto de ampliar a vantagem do que de sofrer o empate. Dito e feito. Aos três minutos da etapa final, Soteldo invadiu a área pela esquerda, cortou para a perna direita e mandou para as redes. No lance seguinte, Marinho fez o que quis na área do Boca e rolou para o atacante Lucas Braga sacramentar a classificação.
Mesmo com o 3 a 0 no placar, o Santos buscou o quarto gol a todo instante. Marinho (duas vezes, uma em um quase gol olímpico) e Kaio Jorge até chegaram perto. Abatido e com um a menos desde os dez minutos, quando o lateral Frank Fabra foi expulso por falta em Marinho, o Boca assustou somente uma vez, em um cruzamento do atacante Sebástian Villa que obrigou o goleiro João Paulo a uma grande defesa, no reflexo. Após o apito final, a festa santista teve início na Vila Belmiro.