Paris - O cantor britânico Robert Plant, integrante do mítico grupo Led Zeppelin, lançará na próxima segunda-feira seu décimo álbum solo, marcado pelo blues e pelo rock, mas com influências orientais, celtas e, inclusive, eletro.
"Não se ganha nada tocando apenas coisas do passado", declarou por telefone à AFP o artista, que voltou para o Reino Unido após morar por anos nos Estados Unidos.
"Lullaby and... The Ceaseless Roar" é também o primeiro álbum com canções originais desde "Mighty ReArranger" (2005).
Plant descartou no início do ano uma possível volta do Led Zeppelin, grupo nascido em 1968 e desfeito em 1980.
O cantor explicou que sua volta à Inglaterra foi estimulante e um retorno às raízes, que permitiu que reencontrasse músicos com os quais considera que tem muito em comum, com referências ao norte da África e ao cenário de Bristol.
O grupo com o qual Plant compôs este novo álbum, The Sensational Space Shifters, é formado pelo guitarrista Justin Adams - que trabalhou com tuaregues e com Peter Gabriel -, o teclista John Baggott - ligado ao Massive Attack e Portishead-, um violinista gambiano, um baixista de rock e um baterista formado em jazz.
"Escrever com outras pessoas é complicado. É preciso estar seguro de respeitar seu trabalho, e, ao mesmo tempo, ser capaz de eliminar aquilo que não funciona, e nós conseguimos fazer isso", explicou.
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1. Revoluções musicais
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1/12 (Divulgação)
São Paulo – Desde que começou a se desenvolver, entre o final dos anos 40 e começo dos 50, o
rock não é o mesmo. Na medida em que o gênero musical se espalhava e novos artistas surgiam, diferentes técnicas e subgêneros também começaram a pipocar. Nesse emaranhado, fica difícil determinar uma
música (ou um artista) responsável por criar um novo estilo ou alterar o curso das coisas. No entanto, há algumas faixas que merecem destaque por, de alguma maneira, fazer revoluções no gênero. Com a ajuda do crítico de música da revista Bravo José Flávio Júnior, EXAME.com aproveita o Dia Mundial do Rock, comemorado nesta sexta-feira, e traz alguns clássicos que representaram rupturas consideráveis no rock mundial. A lista a seguir não tem a pretensão de ser uma palavra final sobre o assunto. Clique nas imagens para conferir e, se você tiver uma opinião diferente, faça a sua e comente.
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2. Purple Haze
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Gravada em 1967 por Jimi Hendrix, “Purple Haze” é uma das músicas mais importantes do artista, dando a ele projeção internacional. A faixa, listada no 17º lugar no ranking das
"500 Melhores Canções de Todos os Tempos" da revista Rolling Stones, é representante dos sucessos que consagraram Hendrix como o melhor guitarrista de todos os tempos, ainda segundo a publicação americana. Em sua carreira de apenas cinco anos, encerrada em 1970 com sua morte, o músico inovou trazendo técnicas como a microfonia, o pedal wah-wah, estereofonia e phasing (composição progressiva) nas gravações. Assim, ele influenciou fortemente as gerações seguintes.
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3. Helter Skelter
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“Helter Skelter”, dos Beatles, representou uma revolução para além da música. Segundo José Flávio Júnior, alguns a consideram como precursora do heavy metal, apesar de o subgênero ter nascido efetivamente depois da gravação da faixa, composta em 1968 por Paul McCartney. “Ela foi uma premonição de músicas que viriam depois e ainda segue no repertório dos shows do Paul. Até hoje ela é considerada pesada, desagradável, e mantém a chama do rock”, afirma o crítico. Outro motivo que deixa “Helter Skelter” em um patamar diferenciado é também indesejável. Por ser um som confuso, como o nome sugere, a música foi uma espécie de inspiração de duas chacinas em Hollywood, cometidas por Charles Manson e um grupo que liderava, no ano de 1969. Após matar suas vítimas, os criminosos escreveram "Helter Skelter" nas paredes com sangue, entre outras mensagens.
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4. (I Can’t Get No) Satisfaction
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Para José Flávio, até hoje, “(I Can’t Get No) Satisfaction”, dos Rolling Stones, é o maior hino do rock. Com uma letra simples, porém marcante, a música lançada em 1965 reflete a mentalidade do gênero, muito ligada à rebeldia, à contestação e, por que não, à sexualidade e à libido. Escrita por Mick Jagger e Keith Richards, a faixa ocupa o segundo lugar na lista de "500 Melhores Canções de Todos os Tempos", na edição americana da Rolling Stone.
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5. Black Sabbath
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Se “Helter Skelter”, dos Beatles, pode ser considerada como parte dos primórdios do heavy metal, a música “Black Sabbath”, que inaugurou o trabalho da banda homônima, está ainda mais próxima da origem do subgênero. Inspirados pelo cinema de terror, a intenção do grupo, quando surgiu, em 1968, era fazer algo aterrorizante, segundo José Flávio. A música Black Sabbath, lançada no primeiro álbum do grupo, em 1970, representa exatamente isso, abrindo portas para outras bandas explorarem o lado mais obscuro da música.
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6. Starman
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O impacto de David Bowie e da fase em que encarnou o personagem Ziggy Stardust ultrapassou os limites da música. “Starman”, lançada no álbum de 1972 “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”, é um grande sucesso que exemplifica a revolução que o artista provocou no rock. Com os cabelos vermelhos, roupas esdrúxulas e maquiagem forte, Bowie deu um toque teatral ao gênero, dando forma à vertente do glam rock, marcados pelos figurinos espalhafatosos e andróginos.
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7. God Save The Queen
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Os sucessos do Ramones construíram a história do punk rock, mas, na visão de José Flávio Júnior, “God Save The Queen”, do Sex Pistols, é a que realmente revolucionou o subgênero. A música, de 1977, causou polêmica por ser lançada no mesmo momento das comemorações de 25 anos da chegada de Elizabeth II ao trono inglês. E é por seu perfil contestador e agressivo que o crítico deu destaque a ela.
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8. I Love Rock’n Roll
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A versão da cantora Joan Jett, de 1982, foi muito mais bem sucedida do que a original, gravada em 1975 pelo The Arrows. Para o crítico musical, “I Love Rock’n Roll” representa a revolução feminina no rock. Joan Jett, que integrou a banda de mulheres The Runaways e lançou o hit com seu grupo The Blackhearts, deu vida à faixa e injetou de vez hormônios femininos no gênero. “Essa é uma música que não deixa de ser sensual, que tem uma vontade de seduzir, mas, ao mesmo tempo, se impõe”, afirma. Hoje, ela já chega a ser clichê, tendo até uma versão da cantora pop Britney Spears, de 2002.
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9. Polícia
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No rock nacional, muitos artistas tiveram grande importância, como Roberto Carlos e Erasmo Carlos e os Mutantes. Mas, para o crítico musical, os representantes da revolução do gênero no país são os Titãs, com a faixa “Polícia”. O hit foi lançado em 1987 com o álbum “Cabeça de Dinossauro” e mostra a face punk rock do grupo brasileiro, com questionamentos e a contestação socioeconômica típica desse subgênero. “Essa música foi muito importante, é um clássico dos Titãs e já foi até gravada pelo Sepultura”, afirma José Flávio Júnior.
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10. Smells Like Teen Spirit
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Grande sucesso da banda Nirvana, “Smells Like Teen Spirit” mudou os rumos do rock ao fazer parte da inauguração do grunge, nos anos 90. A música foi lançada em 1991, como parte da cena do rock alternativo, que acabou se tornando muito popular. Hoje, ela está posicionada no nono lugar do ranking das "500 Melhores Canções de Todos os Tempos", da Rolling Stone.
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11. Seven Nation Army
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Lançada em 2003 pela banda White Stripes, “Seven Nation Army” é o grande destaque da última década, segundo José Flávio Júnior. Com um ritmo marcante, a canção já se elevou ao patamar de clássico do rock, mesmo tendo sido criada há relativamente pouco tempo. Extrapolando os aparelhos de som e os shows, a faixa ganhou lugar cativo nas torcidas de futebol da Europa e do clube brasileiro Internacional, de Porto Alegre.
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12. Agora, veja as músicas que já foram muito tocadas em filmes
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12/12 (Divulgação)