Quatro dicas de cultura para o fim de semana
Exposições de arte e nova série na Netflix para aproveitar os momentos de folga
Guilherme Dearo
Publicado em 10 de janeiro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 10 de janeiro de 2020 às 07h01.
I-D
A mostra é a última do ciclo em comemoração aos 45 anos da galeria Luisa Strina. Reúne 32 obras que cobrem o período entre 1990 e os anos 2000. Foi um período marcado pela desconstrução e reconstrução dos conceitos de concreto e construtivismo. E uma época na qual Strina apostou em iniciantes que se consagrariam nas artes plásticas, a exemplo de Marepe, Alexandre da Cunha, Marcius Galan, Fernanda Gomes, Caetano de Almeida, Renata Lucas e Marina Saleme, com os quais a galerista continua trabalhando.
Além da geração 1990, a exposição inclui obras de nomes como Antonio Dias e Artur Barrio, que viraram sinônimo do espaço. E reúne peças de alguns artistas internacionais que se destacaram naquela década: Peter Halley, Roni Horn, Mike Kelley, Jenny Holzer e Wim Delvoye. Onde: Galeria Luisa Strina (anexo): Rua Padre João Manuel 974, Cerqueira César, São Paulo, (11) 3088–2471. Até 15 de fevereiro.
Práticas de Arquivo Morto - Notas
Paraibana radicada em Brasília, a artista plástica Iris Helena recorre a materiais perecíveis do cotidiano - marcadores de página, lembretes autoadesivos, papel higiênico, recibos de cartão de crédito e débito - para criar suportes para impressões de fotografias, imagens de arquivo e também instalações nas quais a memória é um elemento central.
Com curadoria de Agnaldo Farias, a mostra traz um recorte de cerca de 20 trabalhos do tipo. Apreciados em conjunto, eles revelam o interesse da artista em colocar em pé de igualdade tanto a poética da paisagem urbana quanto as superfícies selecionadas. Onde: Praça da Sé, 111, Centro, São Paulo. Até 19 de janeiro.
Murakami por Murakami
O artista japonês Takashi Murakami, de 57 anos, ganhou projeção para além das artes plásticas ao firmar parcerias com o rapper Kanye West e a grife Louis Vuitton. O Instituto Tomie Ohtake exibe 35 trabalhos dele, incluindo pinturas de até 3 metros por 10. A curadoria é de Gunnar B. Kvaran, o mesmo que organizou a mostra de Yoko Ono exibida no mesmo espaço em 2017.
“As obras da exposição revelam o resultado de um prolongado processo de criação, do desenvolvimento conceitual até a pesquisa formal e implementação laboriosa de suas obras, com incontáveis camadas de tinta”, informa o texto de apresentação. “Em seu estúdio [ele] conta com a competência e capacidade de muitos outros artistas, onde trabalham cerca de 100 pessoas - um galpão nos arredores de Tóquio, endereço considerado pelo circuito um dos ateliês mais inovadores do mundo”. Onde: Instituto Tomie Ohtake, Rua Coropés, 88, Pinheiros, São Paulo, (11) 2245-1900.
The Witcher
Para alguns, a nova série da Netflix foi criada com o intuito de seduzir os órfãos de “Game of Thrones”, da rival HBO. O papel principal coube a Henry Cavill, o Super-homem. Ele interpreta o mutante Geralt de Rivia, um caçador de monstros em luta para encontrar seu papel num mundo perverso. Para quem gosta de lutas intermináveis e criaturas mitológicas é um prato cheio. Com oito episódios na primeira temporada, a série é baseada nos livros de Andrzej Sapkowski. Onde assistir: Netflix, já em cartaz.