Corpo do cineasta Eduardo Coutinho é velado no Rio: para Barreto, a morte do cineasta foi "uma perda para o cinema universal" (Tania Rego/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 13h20.
Rio - O produtor Luiz Carlos Barreto pediu para que todos tenham "compaixão" por Daniel, de 41 anos, filho do cineasta Eduardo Coutinho. "Devemos ter compaixão, porque ele terá uma vida 'difícil'. Espero que ele sobreviva. Não vamos desejar o mal, porque acho que Coutinho teria esse desejo de ver esse filho amado curado. Acho que ele não leva nenhuma mágoa desse filho, porque o Coutinho tinha muita compaixão", afirmou o produtor.
Para Barreto, a morte do cineasta foi "uma perda para o cinema universal". "Coutinho deu ao cinema brasileiro a aceitação do documentário pelo público e revolucionou a linguagem ao introduzir a dramaturgia", disse.
Apesar dos 50 anos de amizade, Barreto afirmou que o cineasta era muito reservado e não compartilhava os problemas privados. "Dói muito porque ele partiu de uma maneira trágica e traumática. Mas ele fez história e vai permanecer em suas obras e nos discípulos que criou".
O produtor classificou 'Cabra Marcado para Morrer' como "obra-prima". "Terei como exercício ver pelo menos uma vez por mês esse filme".