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Os superluxuosos iates apreendidos dos oligarcas russos

Pelo menos três embarcações foram apreendidos por países na União Europeia no começo de março e mostram o estilo de vida nada modesto que os super-ricos russos vivem

Iate Dilbar pertence ao bilionário Alisher Usmanov . (Sabri Kesen/Anadolu Agency/Getty Images)

Iate Dilbar pertence ao bilionário Alisher Usmanov . (Sabri Kesen/Anadolu Agency/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 6 de março de 2022 às 11h32.

Última atualização em 6 de março de 2022 às 14h33.

Uma estratégia para pressionar o presidente Vladimir Putin a parar com a invasão à Ucrânia envolve atingir oligarcas russos que têm conexões diretas com o Kremlin. Estados Unidos e União Europeia estão congelando fortunas, bens e apreendendo os superluxuosos iates pertencentes aos magnatas.

Com restrições cada vez maiores à Rússia no Ocidente, bilionários russos estão buscando novas maneiras de conseguir acesso aos próprios bens. Uma das últimas rotas para fazer isso está nas Maldivas, na Ásia, região que não tem tratado de extradição com os Estados Unidos.

Na semana passada, o superiate Clio, de propriedade de Oleg Deripaska, fundador da gigante de alumínio Rusal, que foi sancionada pelos Estados Unidos em 2018, ancorou na capital Male, de acordo com o banco de dados MarineTraffic. O Titan, de propriedade de Alexander Abramov, cofundador da produtora de aço Evraz, chegou em 28 de fevereiro.

Três outros iates pertencentes a bilionários russos foram vistos navegando nas águas das Maldivas na quarta-feira, 2, mostraram os dados. Eles incluem o Nirvana de 88 metros (288 pés) de propriedade do homem mais rico da Rússia, Vladimir Potanin. A maioria dos navios foi vista pela última vez ancorada em portos do Oriente Médio no início do ano.

Mas nem todos os oligarcas russos conseguiram retirar os superiates a tempo de serem confiscados por autoridades europeias. Pelo menos três embarcações foram apreendidos por países na União Europeia no começo de março e mostram o estilo de vida nada modesto que os super-ricos russos vivem.

Um deles é o Dilbar, um superiate que foi apreendido por autoridades da Alemanha no porto de Hamburgo. O barco pertence ao bilionário Alisher Usmanov. O iate tem 500 pés e é equipado com uma enorme piscina coberta já instalada na embarcação. As estimativas são de que o superiate tenha um valor de 735 milhões de dólares.

De acordo com uma fonte ouvida pelo site CNBC, as sanções impostas pelos Estados Unidos a Usmanov envolvem também a embarcação. Com isso, qualquer transação relacionada ao iate, como manutenção, contratação de tripulação, ou mesmo o pagamento de taxas em dólares americanos estão proibidas.

Também na semana passada, autoridades francesas disseram ter apreendido um superiate que seria do bilionário russo Igor Sechin. O La Ciotat é fabricado em um estaleiro homônimo, próximo a Marselha, no sul da França. No vídeo de divulgação da embarcação fala que o porto onde ele é fabricado é considerado a "casa dos iates".

La Ciotat foi apreendido na França. (Nicolas Tucat/Getty Images)

Outra embarcação apreendida por autoridades europeias é o Lady M. Segundo o primeiro-ministro italiano Mario Draghi, o iate pertence ao bilionário Alexei Mordashov e foi apreendido no porto italiano de Imperia, próximo à fronteira com a França.

Lady M é de propriedade de Alexei Mordashov. (Andrea Bernardi/Getty Images)

Segundo reportagem da CNBC, o barco vale mais de 50 milhões de dólares e tem 60 metros de comprimento. Conta com um heliponto e pode hospedar 12 pessoas.

 

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