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Polícia admite que versão de Pistorius foi consistente

Na sua versão sobre o assassinato, o corredor biamputado afirmou que se sentiu ameaçado porque não estava com as suas próteses de pernas quando atirou

Oscar Pistorius: o promotor Gerrie Nel alega que o assassinato foi premeditado porque Pistorius teve tempo de colocar as próteses e caminhar uns sete metros até o banheiro antes de fazer os disparos. (Siphiwe Sibeko/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Pretória - Hilton Botha, investigador que testemunhou nesta quarta-feira em novo dia de julgamento de Oscar Pistorius, em Pretória, admitiu que a polícia não encontrou nenhum ponto inconsistente na versão apresentada pelo astro paralímpico em relação ao crime que resultou na morte de sua namorada, Reeva Steenkamp, na última madrugada de quarta para quinta-feira da semana passada. O corredor sul-africano é acusado de premeditar o assassinato da modelo de 29 anos, morta com quatro tiros no banheiro da casa do atleta, na capital sul-africana.

O segundo dia da audiência que serviria para julgar o pedido de liberdade da prisão de Pistorius mediante o pagamento de fiança - o que acabou sendo reagendado para esta quinta - parecia ter começado de forma negativa para o velocista. No início do julgamento desta quarta, o promotor Gerrie Nel disse que uma testemunha declarou ter escutado "uma discussão, com gritos" entre às 2 e 3 horas da madrugada de quarta para quinta da semana passada, pouco antes dos tiros ouvidos por vizinhos na casa do atleta.

Na sua versão sobre o assassinato, o corredor biamputado afirmou que se sentiu ameaçado porque não estava com as suas próteses de pernas quando atirou com sua pistola 9 milímetros na porta do banheiro trancada. E, segundo ele, após perceber que a sua namorada não estava em sua cama e ouviu um barulho vindo do banheiro, colocou suas próteses de pernas, tentou chutar a porta e depois a arrombou com o taco de críquete, encontrou Steenkamp baleada lá dentro em seguida.

A promotoria do caso, entretanto, defende que o casal teve uma briga antes do tiroteio, enquanto o atleta alega que ele e sua namorada já estavam dormindo quando ouviu um barulho que teria vindo do banheiro.

Embora defenda que Pistorius atirou contra a porta do banheiro enquanto sabia que sua namorada estava dentro do local, o investigador Hilton Botha reconheceu, ao ser questionado pela defesa, que o atleta não caiu em contradição com a polícia ao apresentar a sua versão sobre o assassinato.


Porém, com 24 anos de experiência como policial e 16 como investigador, Botha apresentou uma evidência que parece desmentir a versão de Pistorius. Ele afirmou que a trajetória das balas disparadas mostram que a pistola estava apontada para baixo e de certa altura, o que parece contradizer a declaração do velocista de que não havia colocado as próteses e se sentia vulnerável quando disparou os tiros porque estava em uma posição baixa.

O promotor Gerrie Nel alega que o assassinato foi premeditado porque Pistorius teve tempo de colocar as próteses e caminhar uns sete metros até o banheiro antes de fazer os disparos. Na audiência desta quarta, ele apresentou uma planta da suíte onde o casal dormia e argumentou que o atleta precisou passar na frente da cama para chegar ao banheiro, e não poderia fazer isso sem se dar conta de que Steenkamp não estava deitada. "Não havia outra forma de chegar (ao banheiro)", ressaltou.

Botha também indicou que a pistola foi encontrada debaixo do lado da cama em que Steenkamp dormia, o que também dá a entender que teria sido impossível que o atleta pegou a pistola sem se dar conta de que a sua namorada não estava na cama. Para defender a sua versão, Pistorius alegou nesta quarta que, naquele momento do ocorrido, o quarto estava totalmente escuro.

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Pretória - Hilton Botha, investigador que testemunhou nesta quarta-feira em novo dia de julgamento de Oscar Pistorius, em Pretória, admitiu que a polícia não encontrou nenhum ponto inconsistente na versão apresentada pelo astro paralímpico em relação ao crime que resultou na morte de sua namorada, Reeva Steenkamp, na última madrugada de quarta para quinta-feira da semana passada. O corredor sul-africano é acusado de premeditar o assassinato da modelo de 29 anos, morta com quatro tiros no banheiro da casa do atleta, na capital sul-africana.

O segundo dia da audiência que serviria para julgar o pedido de liberdade da prisão de Pistorius mediante o pagamento de fiança - o que acabou sendo reagendado para esta quinta - parecia ter começado de forma negativa para o velocista. No início do julgamento desta quarta, o promotor Gerrie Nel disse que uma testemunha declarou ter escutado "uma discussão, com gritos" entre às 2 e 3 horas da madrugada de quarta para quinta da semana passada, pouco antes dos tiros ouvidos por vizinhos na casa do atleta.

Na sua versão sobre o assassinato, o corredor biamputado afirmou que se sentiu ameaçado porque não estava com as suas próteses de pernas quando atirou com sua pistola 9 milímetros na porta do banheiro trancada. E, segundo ele, após perceber que a sua namorada não estava em sua cama e ouviu um barulho vindo do banheiro, colocou suas próteses de pernas, tentou chutar a porta e depois a arrombou com o taco de críquete, encontrou Steenkamp baleada lá dentro em seguida.

A promotoria do caso, entretanto, defende que o casal teve uma briga antes do tiroteio, enquanto o atleta alega que ele e sua namorada já estavam dormindo quando ouviu um barulho que teria vindo do banheiro.

Embora defenda que Pistorius atirou contra a porta do banheiro enquanto sabia que sua namorada estava dentro do local, o investigador Hilton Botha reconheceu, ao ser questionado pela defesa, que o atleta não caiu em contradição com a polícia ao apresentar a sua versão sobre o assassinato.


Porém, com 24 anos de experiência como policial e 16 como investigador, Botha apresentou uma evidência que parece desmentir a versão de Pistorius. Ele afirmou que a trajetória das balas disparadas mostram que a pistola estava apontada para baixo e de certa altura, o que parece contradizer a declaração do velocista de que não havia colocado as próteses e se sentia vulnerável quando disparou os tiros porque estava em uma posição baixa.

O promotor Gerrie Nel alega que o assassinato foi premeditado porque Pistorius teve tempo de colocar as próteses e caminhar uns sete metros até o banheiro antes de fazer os disparos. Na audiência desta quarta, ele apresentou uma planta da suíte onde o casal dormia e argumentou que o atleta precisou passar na frente da cama para chegar ao banheiro, e não poderia fazer isso sem se dar conta de que Steenkamp não estava deitada. "Não havia outra forma de chegar (ao banheiro)", ressaltou.

Botha também indicou que a pistola foi encontrada debaixo do lado da cama em que Steenkamp dormia, o que também dá a entender que teria sido impossível que o atleta pegou a pistola sem se dar conta de que a sua namorada não estava na cama. Para defender a sua versão, Pistorius alegou nesta quarta que, naquele momento do ocorrido, o quarto estava totalmente escuro.

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