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Polêmica em torno da reabertura do Museu Picasso, em Paris

O ministério francês da Cultura disse estar surpreso em torno da reabertura do museu Picasso em Paris, fechado há cinco anos para reformas

Prédio que abriga Museu Picasso, em Paris: "tenho a impressão de que a França está de brincadeira com meu pai e comigo", disse Claude Picasso, filho do artista (Thomas Samson/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 16h07.

Paris - O ministério francês da Cultura disse nesta sexta-feira estar "muito surpreso com a reviravolta" em torno da reabertura do museu Picasso em Paris, fechado há cinco anos para reformas, após declarações feitas pelo filho do pintor espanhol.

"Tenho a impressão de que a França está de brincadeira com meu pai e comigo", disse Claude Picasso em entrevista ao jornal francês Le Figaro, divulgada nesta sexta-feira.

Claude Picasso, que representa a família no conselho administrativo do museu, exige da ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, um engajamento maior para abrir o museu em junho, e que a atual presidente, Anne Baldassari, esteja à frente do local.

O ministério da Cultura revelou à AFP, em meados de abril, que a abertura do museu, estabelecimento público, poderia ser adiada para setembro. Anne Baldassari, cujos métodos de administração têm sido contestados, acredita que a abertura ocorrerá no final de julho, segundo uma fonte ligada ao caso.

A entrega das obras do Hôtel Salé, que abriga o museu no bairro do Marais, centro de Paris, "está com um mês de atraso. Ainda existem obras que estão inacabadas em outros prédios" que compõem o museu, declarou à AFP nesta sexta-feira Vincent Berjot, diretor-geral de Patrimônio do ministério.

Segundo Berjot, para quem as declarações de Picasso são "excessivas", a ministra Filippetti mantém contato regular com o filho do pintor e com outros membros da família.

"Nós temos o mesmo objetivo, que é valorizar a genialidade de Picasso e de sua obra", disse Berjot. "O ministério investiu 19 milhões de euros [cerca de 62 milhões de reais] na reforma do museu e está recrutando 40 novos funcionários", explicou.

"Este esforço, num contexto orçamentário complicado, mostra a qual ponto o ministério está comprometido com o museu e com a valorização da obra de Picasso", argumentou Berjot.

"Quando investimos tanto, quando recrutamos pessoal, quando ampliamos a estrutura, acho que não estamos de brincadeira com a obra de Picasso. Nós estamos lhe fazendo uma grande homenagem", estimou.

Contando com mais de 5.000 obras do pintor Pablo Picasso (300 pinturas, 300 esculturas), o rico acervo do Museu Picasso foi formado a partir da doação da coleção particular do artista, em 1973. O conjunto das obras aumentou graças às doações de seus herdeiros, em 1979, e dos herdeiros de Jacqueline Picasso, em 1990. O espaço foi inaugurado em 1985.

A área de exposição vai passar de 1.600 metros quadrados para 3.800 metros quadrados. O custo das obras ultrapassa os 52 milhões de euros, dos quais 19 milhões foram subsidiados pelo governo francês.

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Paris - O ministério francês da Cultura disse nesta sexta-feira estar "muito surpreso com a reviravolta" em torno da reabertura do museu Picasso em Paris, fechado há cinco anos para reformas, após declarações feitas pelo filho do pintor espanhol.

"Tenho a impressão de que a França está de brincadeira com meu pai e comigo", disse Claude Picasso em entrevista ao jornal francês Le Figaro, divulgada nesta sexta-feira.

Claude Picasso, que representa a família no conselho administrativo do museu, exige da ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, um engajamento maior para abrir o museu em junho, e que a atual presidente, Anne Baldassari, esteja à frente do local.

O ministério da Cultura revelou à AFP, em meados de abril, que a abertura do museu, estabelecimento público, poderia ser adiada para setembro. Anne Baldassari, cujos métodos de administração têm sido contestados, acredita que a abertura ocorrerá no final de julho, segundo uma fonte ligada ao caso.

A entrega das obras do Hôtel Salé, que abriga o museu no bairro do Marais, centro de Paris, "está com um mês de atraso. Ainda existem obras que estão inacabadas em outros prédios" que compõem o museu, declarou à AFP nesta sexta-feira Vincent Berjot, diretor-geral de Patrimônio do ministério.

Segundo Berjot, para quem as declarações de Picasso são "excessivas", a ministra Filippetti mantém contato regular com o filho do pintor e com outros membros da família.

"Nós temos o mesmo objetivo, que é valorizar a genialidade de Picasso e de sua obra", disse Berjot. "O ministério investiu 19 milhões de euros [cerca de 62 milhões de reais] na reforma do museu e está recrutando 40 novos funcionários", explicou.

"Este esforço, num contexto orçamentário complicado, mostra a qual ponto o ministério está comprometido com o museu e com a valorização da obra de Picasso", argumentou Berjot.

"Quando investimos tanto, quando recrutamos pessoal, quando ampliamos a estrutura, acho que não estamos de brincadeira com a obra de Picasso. Nós estamos lhe fazendo uma grande homenagem", estimou.

Contando com mais de 5.000 obras do pintor Pablo Picasso (300 pinturas, 300 esculturas), o rico acervo do Museu Picasso foi formado a partir da doação da coleção particular do artista, em 1973. O conjunto das obras aumentou graças às doações de seus herdeiros, em 1979, e dos herdeiros de Jacqueline Picasso, em 1990. O espaço foi inaugurado em 1985.

A área de exposição vai passar de 1.600 metros quadrados para 3.800 metros quadrados. O custo das obras ultrapassa os 52 milhões de euros, dos quais 19 milhões foram subsidiados pelo governo francês.

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