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Pixar explora passado dos heróis de "Monstros S.A."

"Universidade Monstros", 14° longa-metragem do estúdio, estreia na sexta-feira nos Estados Unidos e no Brasil


	Pré-estreia do filme em Hollywood: apesar de já ter produzido sequências, esta é a primeira vez que a Pixar lança uma "prequência", ou seja, uma trama que se desenvolve antes do filme original
 (Jason Kempin/AFP)

Pré-estreia do filme em Hollywood: apesar de já ter produzido sequências, esta é a primeira vez que a Pixar lança uma "prequência", ou seja, uma trama que se desenvolve antes do filme original (Jason Kempin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 11h38.

Los Angeles - O estúdio Pixar recorre, pela primeira vez, ao passado de seus personagens, ao narrar, em "Universidade Monstros", o incrível encontro entre dois personagens muito queridos, apesar de monstruosos, o pequeno e esverdeado Mike e seu único olho enorme, e o gigante de pelo azul Sulley, que protagonizaram em 2001 o sucesso"Monstros S.A.".

O 14° longa-metragem do estúdio, comprado pela Disney em 2006 e que já venceu vários Oscar, estreia na sexta-feira nos Estados Unidos e no Brasil.

Apesar da Pixar já ter produzido sequências ("Carros 2", "Toy Story" 2 e 3), esta é a primeira vez que lança uma "prequência", ou seja, uma trama que se desenvolve antes do filme original.

"Monstros S.A.", considerado uma obra-prima de tom poético, criou um mundo de monstros onde a energia é gerada pelos gritos de sustos das crianças.

Assim, um exército de criaturas espantosas é enviado com frequência aos quartos dos pequenos para provocar gritos os mais fortes possíveis.

Sulley, uma espécie de híbrido entre um 'Pé Grande' e um urso azul, era um dos principais "assustadores", fielmente auxiliado pelo amigo Mike, o pequenino monstro apelidado pela namorada de "zoiudinho da mamãe".

"Universidade Monstros" mostra o momento em que os amigos se conheceram na faculdade, onde Sulley já se destacava como o melhor monstro do campus e Mike, tímido e trabalhador, sonhava entrar para a elite dos assustadores, apesar das poucas aptidões.

"Sempre quisemos contar como Mike quis tanto virar um 'assustador'", explicou à AFP Dan Scanlon, diretor do filme.

"Sabíamos que o coração da história era observar como alguém reage quando está diante de uma parede, quando as portas são fechadas para você", completou.

Mas ele destaca que era necessário encontrar a história para contar a ideia.


"Tínhamos a universidade, certo, mas o que eles faziam lá?".

Scanlon, que dirigiu seu primeiro longa-metragem para a Pixar, sentia durante os primeiros meses de desenvolvimento que não havia uma verdadeira história.

"Havíamos tomado um caminho sem muita substância. Às vezes parecia uma história sem motor, que hesitava e se perdia", disse.

Até que surgiu uma ideia: Mike e Sulley, demitidos do programa de assustadores por mau comportamento, são condenados a integrar o clube de estudantes "Oozma Kappa", para onde são enviados os monstros indesejados e perdedores.

"Acredito que quando introduzimos o grupo de perdedores, a equipe Oozma Kappa, a história ganhou vida", disse Scanlon.

"Porque isto deu a oportunidade a Mike e Sulley de tomar os demais sob sua asa. Isto mudou completamente a história e sentimos que estávamos no caminho correto".

De fato, como é habitual, a Pixar consegue ir além do mero prazer visual para abordar temas mais profundos e inesperados para um público jovem, como o de aceitar a dura realidade e, inclusive, aprender a abrir mão dos sonhos.

No entanto, o filme é também uma ode à amizade, que significa transcender divergências e obstáculos.

"A amizade ocupa grande parte do filme. Quando conhecemos Mike e Sulley, descobrimos que são muito diferentes do que serão em Monstros S.A.", destaca o diretor.

"De certa forma, o filme mostra como os amigos podem nos ajudar a virar a pessoa que estávamos destinados a ser, em particular quando você é jovem", disse.

"Não apenas podem nos ajudar a encontrar o que somos realmente, quais são nossos talentos, como podem nos transformar em pessoas melhores", completou.

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