Pergunta a juri decidiram veredicto em caso Michael Jackson
Segundo o presidente do júri, frase de pergunta foi inesperada e fez o júri de seis homens e seis mulheres fazer uma pausa antes de dar o veredicto
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2013 às 10h30.
Los Angeles - Depois do depoimento de quase cinquenta testemunhas durante cinco meses de julgamento, o processo da morte por negligência apresentado pela família do pop star Michael Jackson dependeu da interpretação dos jurados de uma pergunta sobre a forma do veredicto.
O médico condenado em 2011 por homicídio involuntário na morte do cantor, Conrad Murray, era "inepto ou incompetente para desempenhar o trabalho pelo qual foi contratado"? Essa pergunta era a segunda em uma série de 16 questões apresentadas aos jurados enquanto o caso era levado ao painel de 12 membros para deliberação na semana passada.
Segundo o presidente do júri, Gregg Barden, a frase da pergunta número 2 foi inesperada e fez o júri de seis homens e seis mulheres fazer uma pausa antes de dar o veredicto que absolveu o promotora de shows AEG Live de negligência por contratar Murray, o médico que administrou uma dose fatal do anestésico cirúrgico propofol em Jackson.
"Começamos a olhar o texto e percebemos que ninguém se sentia confortável com aquilo", explicou Barden a repórteres em frente ao tribunal de Los Angeles depois do veredicto, na quarta-feira.
"Passamos a manhã esclarecendo a pergunta em nossas cabeças e um com o outro, e novamente os votos mudaram", acrescentou Barden. "Eu diria que pelo menos três ou quatro vezes (os votos mudaram) antes que pudéssemos chegar ao resultado final".
No julgamento civil, apenas nove dos 12 jurados precisam concordar em cada questão sobre a forma do veredicto para que a resposta seja decidida.
Para a pergunta número 1 --a AEG contratou Murray?-- o júri foi unânime ao votar "sim". Mas o painel respondeu "não" por uma votação de 10 a 2 na questão de número 2, que perguntava se Murray era "inepto ou incompetente" para o trabalho para o qual fora contratado.
As 14 perguntas remanescentes no formulário foram, como resultado, esvaziadas, e a AEG Live foi inocentada de qualquer má conduta no caso.
Barden disse que o raciocínio dos jurados ficou entre a diferença entre a ética e a competência para o trabalho ao qual Murray, que está cumprindo uma sentença de quatro anos de prisão na Califórnia, foi pago pela AEG, para cuidar da saúde de Jackson.
"Achamos que ele era competente para fazer o trabalho de clínico geral", disse Barden. "Isso não significa que achávamos que ele fosse ético, e talvez, se a palavra ética tivesse sido incluída na pergunta, o resultado tivesse sido diferente".
A mãe de 83 anos de Jackson, Katherine, e seus três filhos processaram a AEG Live há três anos pela morte do cantor em 2009, aos 50 anos, em Los Angeles.
Laurie Levenson, professora na Faculdade de Direito Loyola em Los Angeles especializada em ética, disse que o lapso de tempo entre a contratação de Murray pela AEG Live e a morte de Jackson era provavelmente um fator importante na interpretação da pergunta 2.
"Quando foi contratado, ele podia ser competente", disse. "A questão em seu julgamento criminal foi qual foi seu comportamento quando ele era o médico de Michael Jackson, e isso é outra pergunta bem diferente".
Los Angeles - Depois do depoimento de quase cinquenta testemunhas durante cinco meses de julgamento, o processo da morte por negligência apresentado pela família do pop star Michael Jackson dependeu da interpretação dos jurados de uma pergunta sobre a forma do veredicto.
O médico condenado em 2011 por homicídio involuntário na morte do cantor, Conrad Murray, era "inepto ou incompetente para desempenhar o trabalho pelo qual foi contratado"? Essa pergunta era a segunda em uma série de 16 questões apresentadas aos jurados enquanto o caso era levado ao painel de 12 membros para deliberação na semana passada.
Segundo o presidente do júri, Gregg Barden, a frase da pergunta número 2 foi inesperada e fez o júri de seis homens e seis mulheres fazer uma pausa antes de dar o veredicto que absolveu o promotora de shows AEG Live de negligência por contratar Murray, o médico que administrou uma dose fatal do anestésico cirúrgico propofol em Jackson.
"Começamos a olhar o texto e percebemos que ninguém se sentia confortável com aquilo", explicou Barden a repórteres em frente ao tribunal de Los Angeles depois do veredicto, na quarta-feira.
"Passamos a manhã esclarecendo a pergunta em nossas cabeças e um com o outro, e novamente os votos mudaram", acrescentou Barden. "Eu diria que pelo menos três ou quatro vezes (os votos mudaram) antes que pudéssemos chegar ao resultado final".
No julgamento civil, apenas nove dos 12 jurados precisam concordar em cada questão sobre a forma do veredicto para que a resposta seja decidida.
Para a pergunta número 1 --a AEG contratou Murray?-- o júri foi unânime ao votar "sim". Mas o painel respondeu "não" por uma votação de 10 a 2 na questão de número 2, que perguntava se Murray era "inepto ou incompetente" para o trabalho para o qual fora contratado.
As 14 perguntas remanescentes no formulário foram, como resultado, esvaziadas, e a AEG Live foi inocentada de qualquer má conduta no caso.
Barden disse que o raciocínio dos jurados ficou entre a diferença entre a ética e a competência para o trabalho ao qual Murray, que está cumprindo uma sentença de quatro anos de prisão na Califórnia, foi pago pela AEG, para cuidar da saúde de Jackson.
"Achamos que ele era competente para fazer o trabalho de clínico geral", disse Barden. "Isso não significa que achávamos que ele fosse ético, e talvez, se a palavra ética tivesse sido incluída na pergunta, o resultado tivesse sido diferente".
A mãe de 83 anos de Jackson, Katherine, e seus três filhos processaram a AEG Live há três anos pela morte do cantor em 2009, aos 50 anos, em Los Angeles.
Laurie Levenson, professora na Faculdade de Direito Loyola em Los Angeles especializada em ética, disse que o lapso de tempo entre a contratação de Murray pela AEG Live e a morte de Jackson era provavelmente um fator importante na interpretação da pergunta 2.
"Quando foi contratado, ele podia ser competente", disse. "A questão em seu julgamento criminal foi qual foi seu comportamento quando ele era o médico de Michael Jackson, e isso é outra pergunta bem diferente".