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Parreira defende Neymar e pede permanência de Tite: "Precisamos dos dois"

O técnico na conquista do mundial em 1994 afirmou que faltou experiência em Copas dos jogadores e da equipe técnica, mas defendeu a permanência de Tite

É a 1ª vez que vejo torcedores e parte da imprensa pedindo a continuidade de um treinador mesmo depois de uma eliminação. Isso mostra um mudança de postura, disse Parreira (Phil Cole/Getty Images/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de julho de 2018 às 09h34.

Moscou - A falta de experiência da comissão técnica e dos jogadores brasileiros em Copas do Mundo foi um dos fatores decisivos para o País ser eliminado nas quartas de final da Copa na Rússia . Por isso, é preciso dar continuidade à equipe. Essa é a avaliação de Carlos Alberto Parreira, técnico na conquista do tetracampeonato mundial, em 1994. A afirmação foi feita nesta quinta-feira, em Moscou, durante o seminário do grupo de estudos técnicos da Fifa (TSG, em inglês) do qual o treinador é membro.

"Nesta Copa, faltou experiência de Copa. Tínhamos bons jogadores, mas poucos com Copa. O estafe técnico também. O Brasil poderia ter ido mais longe na Copa. Fomos melhores no segundo tempo, controlamos o jogo, tivemos chance de marcar. Mas a Copa é muito decidida no detalhe. Mas continuamos sonhando em ganhar no Catar. Estamos sempre buscando ganhar a Copa do Mundo", disse, em entrevista coletiva.

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No fim do evento, no contato com os jornalistas brasileiros, Parreira defendeu a continuidade de Tite e afirmou que o Mundial na Rússia foi apenas a primeira experiência de um grupo jovem. "Vamos dar continuidade ao trabalho do Tite. Quero que ele continue. É o melhor caminho para o hexa. Nós precisamos dos dois, do Neymar e do Tite", completou o treinador do penta. "É a primeira vez que vejo torcedores e parte da imprensa pedindo a continuidade de um treinador mesmo depois de uma eliminação. Isso mostra um mudança de postura", disse.

As faltas sofridas por Neymar e as reações do craque - os estrangeiros encaram como simulações e o tema virou motivo de humor na internet - dividiu opiniões no evento. O ex-jogador holandês Marco van Basten achou positivo que os torcedores façam brincadeiras, mas destacou que é preciso ter espírito esportivo do jogador.

"Se as pessoas estão rindo, isso é um bom sinal. Mas acho que simular não é uma boa atitude. Eu acho que você tem que ter espírito esportivo e isso não vai te ajudar. Eu acho que ele pessoalmente deveria entender essa situação", disse o holandês. Por outro lado, Parreira afirmou que Neymar realmente sofre muitas faltas nos jogos. "Ele é muito agredido também. Não vejo essa situação exagerada nas reações dele. Ele é caçado e cai", disse o ex-treinador.

O grupo do estudos técnicos da Fifa é formado pelo ex-técnico Carlos Alberto Parreira, campeão com a seleção brasileira em 1994, Marco van Basten, ex-jogador e que defendeu a Holanda na Copa de 1990, Bora Milutinovic, técnico em cinco Copas do Mundo, Emmanuel Amunike, ex-jogador da Nigéria, e Andy Roxburgh, membro dos estudos técnicos.

É um grupo importante que tem, entre outras atribuições, escolher o melhor jogador da Copa do Mundo, definir os prêmios para artilheiros (os critérios de desempate é o número de assistências) e também para os exemplos de fair-play.

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