Palco Sunset promove comunhão musical no Rio
As apresentações secundárias do festival reuniram músicos semelhantes ou completamente diferentes no mesmo palco
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2011 às 10h26.
Rio de Janeiro - Depois de seis dias de misturas saudáveis no Palco Sunset, com comunhões de artistas com linguagens musicais semelhantes ou completamente diferentes, o stage secundário do Rock in Rio reservou o biscoito fino de sua curadoria para o último dia do festival.
Depois da abertura simpática do pop português de David Fonseca com The Monomes, ainda com um público diminuto, o Sunset começou a receber mais plateia a partir do segundo show, protagonizado por Tom Zé. Se restavam dúvidas da genialidade do compositor baiano, elas foram completamente dirimidas na quarta edição brasileira do Rock in Rio.
Tom Zé deu uma aula de carisma e de excelentes composições malucas, em seu melhor estilo. O show arrebanhou uma plateia majoritariamente jovem, que teve contato com um tipo de som absolutamente moderno. A apresentação teve como um de seus pontos altos a música O Rock Ronca, crítica escancarada de Tom Zé (que simulou uma faixa presidencial brasileira como calcinha) aos momentos sonolentos do festival.
Na sequência, ele foi substituído pelos Mutantes, que têm sua importância história, mas se apresentam cada vez mais decadentes. Parecem fazer covers de si mesmos em um bailão deprê de formatura. Tom Zé tocaria pelo menos três músicas com eles - Qualquer Bobagem, Querida, Querida e 2001 - mas dividiu o palco discretamente em Ela é Minha Menina.
A organização exigiu que o repertório fosse em sua maioria com músicas dos Mutantes, um equívoco ao diminuir o tempo de Tom Zé. Sem contar a participação de Beto Lee. Sua mãe, Rita, já havia lamentado pelo Twitter o fato de o filho ser da emissora oficial do evento. Ela deve ter se envergonhado ainda mais.
O Sunset se redimiu logo depois, com o tiro mais certeiro de todo o stage nos sete dias do festival: o palco divido por Marcelo Camelo com os californianos do The Growlers. O brasileiro, acompanhado dos paulistanos do Hurtmold, dividiu o palco com os americanos durante toda a apresentação.
Com seus dois álbuns em carreira solo privilegiando a música brasileira, Camelo parece ter encontrado a versão mais roqueira cabida a Rodrigo Amarante nos tempos de Los Hermanos agora com os Growlers. No repertório dos gringos, um rock balançado pela maresia da Califórnia: temas como Sea Lion, What It Is, Wandering, Acid Bain e Someone So in.
Os Titãs vieram com suas músicas mais pesadas para cantarem com os portugueses do Xutos e Pontapés. Foi o velho Titãs, sem grandes coelhos na cartola, mas de alto poder com as massas. Polícia, Diversão e Lugar Nenhum deixaram o registro do encontro com uma banda que serviu mais de apoio do que de parceira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Rio de Janeiro - Depois de seis dias de misturas saudáveis no Palco Sunset, com comunhões de artistas com linguagens musicais semelhantes ou completamente diferentes, o stage secundário do Rock in Rio reservou o biscoito fino de sua curadoria para o último dia do festival.
Depois da abertura simpática do pop português de David Fonseca com The Monomes, ainda com um público diminuto, o Sunset começou a receber mais plateia a partir do segundo show, protagonizado por Tom Zé. Se restavam dúvidas da genialidade do compositor baiano, elas foram completamente dirimidas na quarta edição brasileira do Rock in Rio.
Tom Zé deu uma aula de carisma e de excelentes composições malucas, em seu melhor estilo. O show arrebanhou uma plateia majoritariamente jovem, que teve contato com um tipo de som absolutamente moderno. A apresentação teve como um de seus pontos altos a música O Rock Ronca, crítica escancarada de Tom Zé (que simulou uma faixa presidencial brasileira como calcinha) aos momentos sonolentos do festival.
Na sequência, ele foi substituído pelos Mutantes, que têm sua importância história, mas se apresentam cada vez mais decadentes. Parecem fazer covers de si mesmos em um bailão deprê de formatura. Tom Zé tocaria pelo menos três músicas com eles - Qualquer Bobagem, Querida, Querida e 2001 - mas dividiu o palco discretamente em Ela é Minha Menina.
A organização exigiu que o repertório fosse em sua maioria com músicas dos Mutantes, um equívoco ao diminuir o tempo de Tom Zé. Sem contar a participação de Beto Lee. Sua mãe, Rita, já havia lamentado pelo Twitter o fato de o filho ser da emissora oficial do evento. Ela deve ter se envergonhado ainda mais.
O Sunset se redimiu logo depois, com o tiro mais certeiro de todo o stage nos sete dias do festival: o palco divido por Marcelo Camelo com os californianos do The Growlers. O brasileiro, acompanhado dos paulistanos do Hurtmold, dividiu o palco com os americanos durante toda a apresentação.
Com seus dois álbuns em carreira solo privilegiando a música brasileira, Camelo parece ter encontrado a versão mais roqueira cabida a Rodrigo Amarante nos tempos de Los Hermanos agora com os Growlers. No repertório dos gringos, um rock balançado pela maresia da Califórnia: temas como Sea Lion, What It Is, Wandering, Acid Bain e Someone So in.
Os Titãs vieram com suas músicas mais pesadas para cantarem com os portugueses do Xutos e Pontapés. Foi o velho Titãs, sem grandes coelhos na cartola, mas de alto poder com as massas. Polícia, Diversão e Lugar Nenhum deixaram o registro do encontro com uma banda que serviu mais de apoio do que de parceira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.