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Pais de crianças com alergias pedem informações mais claras

De 6% a 8% das crianças brasileiras e de 2% a 3% dos adultos possuem algum tipo de alergia alimentar, segundo associação

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 17h58.

São Paulo - Como se já não bastasse a dificuldade de ler as pequenas letras dos rótulos, existem informações que não constam na embalagem dos produtos – e elas podem ser vitais a pessoas com alergias. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), de 6% a 8% das crianças brasileiras e de 2% a 3% dos adultos possuem algum tipo de alergia alimentar.

Para pedir mais segurança para comer, 600 mães e pais de crianças alérgicas se uniram na internet e criaram a campanha Põe no Rótulo*. Lançada em fevereiro deste ano, defende a obrigatoriedade de informações claras nos rótulos de produtos industrializados.

Isso porque nem sempre substâncias que podem induzir uma reação alérgica – como leite, soja, ovo, peixe, amendoim, entre outros – estão identificadas nos produtos.

Estudos da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) mostram que 39,5% das reações alérgicas infantis são relacionadas a erros na leitura de rótulos dos produtos. Dependendo do grau de sensibilidade, o alérgico pode ter reações graves que podem levar à morte, como choque anafilático.

Celebridades como Thiago Lacerda, Leticia Spiller, Juliana Paes e Zeca Baleiro postaram fotos no Facebook, Instagram e Twitter apoiando a campanha, usando a hashtag oficial #poenorotulo.

A mobilização foi tanta que sensibilizou a Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que regula os rótulos dos alimentos no Brasil. Para definir mudanças nos rótulos que contêm substâncias capazes de provocar alergia,o órgão abriu consulta pública online. 

Para participar basta preencher o formulário no site com sugestões e comentários até 18/08. Após a decisão final da agência, as indústrias terão prazo de um ano para se adequar às novas regras.

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