Novos terroirs do Brasil têm se destacado cada vez mais no cenário vinícola internacional, como evidenciado pelos diversos prêmios recentemente conquistados pelos vinhos da Serra da Mantiqueira, na divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. Um exemplo notável é o Decanter World Wine Awards, realizado por uma das mais prestigiadas publicações especializadas do mundo, onde 137 vinhos brasileiros foram premiados, incluindo 37 com medalhas de prata e 100 com medalhas de bronze.
Entre os mais bem avaliados, destacam-se três rótulos da mesma região, que alcançaram 94 pontos em uma escala de 100: Barbara Eliodora Syrah, Gran Reserva Colheita De Inverno Cabernet Franc da Casa Geraldo, e Colheita De Inverno Gran Reserva Syrah, também da Casa Geraldo (veja a lista completa abaixo).
Todos esses vinhos utilizam a técnica inovadora da poda invertida, que tem sido fundamental para elevar a qualidade das uvas cultivadas na Serra da Mantiqueira, uma região com desafios climáticos significativos para o cultivo de uvas.
No panorama geral da premiação, a França liderou com 12 medalhas Best in Show e 28 Platinum, sendo o país mais premiado. As regiões de destaque foram Borgonha e Champagne, cada uma conquistando nove medalhas em suas respectivas categorias principais.
O que é a poda invertida
A poda invertida, desenvolvida pelo pesquisador Murilo Regina da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), foi determinante para a melhoria da qualidade dos vinhos na Serra da Mantiqueira. Esta técnica permite que a planta entre em dormência durante o verão, produzindo uvas de melhor qualidade durante o outono e inverno, em condições climáticas desafiadoras para o cultivo de uvas.
Os 37 melhores vinhos brasileiros
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1/10
Rafa Costa e Silva: depois de passagem por restaurantes europeus premiados, está no comando do Lasai, o primeiro colocado neste ranking da Casual Exame.
(1º lugar - Lasai (RJ). Apenas dez pessoas por noite têm o privilégio de provar um menu degustação de alta gastronomia (1.150 reais, sem bebida e sem serviço) com o que há de mais fresco no dia.)
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2/10
Os chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, do Origem: pesquisa sobre o povo brasileiro para desenvolver o cardápio
(2º lugar - Origem (Salvador). Os chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, do Origem: pesquisa sobre o povo brasileiro para desenvolver o cardápio.)
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3/10
Prato da Casa do Porco, em São Paulo: apesar do cardápio com base em carne suína, existe a opção de menu vegetariano
(3º lugar - A Casa do Porco (SP). Prato da Casa do Porco, em São Paulo: apesar do cardápio com base em carne suína, existe a opção de menu vegetariano)
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4/10
Experiência no Oteque: apenas para 30 pessoas por vez
(4º lugar - Oteque (RJ). A experiência no duas estrelas Michelin custa 945 reais e há a opção de acrescentar a harmonização com os pratos por mais 795 reais.)
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5/10
(5º lugar - Maní (SP). Além dos pratos à la carte, o restaurante tem o superautoral menu degustação (680 reais, sem harmonização) e o menu de três cursos, servido também no jantar por 280 reais, com entrada, prato principal e uma sobremesa, além de um belisquete.)
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6/10
Prato do Nelita: trajetória de sucesso em apenas três anos
(6º lugar - Nelita (SP). A degustação (590 reais), de 11 etapas, é servida apenas no balcão, no jantar, de terça-feira a sábado, e todos os pratos da sequência podem ser pedidos à la carte.)
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7/10
Os chefs Kafe e Dante BassI, ela alemã, ele baiano: trabalho em parceria no D.O.M antes de abrirem o próprio restaurante
(7º lugar - Manga (Salvador). Os chefs Kafe e Dante BassI, ela alemã, ele baiano: trabalho em parceria no D.O.M antes de abrirem o próprio restaurante.)
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8/10
Luis Filipe Souza, do Evvai: uma estrela pelo Guia Michelin
(8º lugar - Evvai (SP). A sequência de 11 tempos do menu degustação (799 reais, sem harmonização) propõe uma viagem sensorial pelas texturas e contrastes em pratos como a salada de abóbora, o linguini de pupunha e lula “alle vôngole”, que revisita a clássica pasta fredda italiana, e no macio sorvete de cogumelos de Santa Catarina servido com caldo aveludado e quente de galinha d’Angola.)
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9/10
Prato do Fame Osteria: speakeasy à la italiana
(9º lugar - Fame Osteria (SP). O chef Marco Renzetti serve apenas menu degustação de 11 etapas (640 reais), que muda diariamente, com poucas repetições.)
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10/10
Manu Buffara, do Manu: primeiro restaurante do Brasil comandado por uma mulher a servir apenas menu degustação
(10º lugar - Manu (Curitiba). Desde 2011 Manu Buffara comanda o Manu, em Curitiba, o primeiro restaurante do Brasil comandado por uma chef mulher a servir apenas menu degustação — custa 720 reais, sem harmonização.)