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''O Grito'' bate recorde e é vendido por US$ 119,9 milhões

Número recorde supera os US$ 106,5 milhões de ''Nu, folhas verdes e busto'' de Pablo Picasso

Funcionários da Sotheby's seguram quadro "O Grito" (Carl Court/AFP)

Funcionários da Sotheby's seguram quadro "O Grito" (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 11h13.

Nova York - A única das quatro versões de ''O Grito'', de Edvard Munch, que permanecia na mão de colecionadores particulares, foi vendida nesta quarta-feira em Nova York por US$ 119,9 milhões, número recorde que supera os US$ 106,5 milhões de ''Nu, folhas verdes e busto'' de Pablo Picasso, o máximo histórico alcançado até agora por um quadro em um leilão.

Simon Shaw, diretor do leilão organizado pela Sotheby''s, afirmou à Agência Efe que a obra do pintor norueguês ''define a modernidade e é instantaneamente reconhecível, porque é uma das poucas imagens que transcendem a história da arte e que têm um alcance global, superado apenas pela Mona Lisa''.

''Mulher sentada em uma poltrona'', quadro de Picasso no qual o pintor espanhol representou sua musa e amante Dora Maar, foi adquirido no mesmo leilão por US$ 29,2 milhões.

Shaw, disse à Efe que nesta obra ''vibrante e enérgica'', realizada no contexto da Segunda Guerra Mundial, Dora Maar representa para Picasso ''a personificação do conflito bélico e transmite a ansiedade extrema e a dor que o pintor sentia naquela época quando ambos viviam juntos em Paris''.

Durante o leilão também foram adquiridas outras obras de Picasso, como ''Banhista em Tamborete Vermelho'', que alcançou US$ 2,7 milhões, e ''Duas Mulheres'', por US$ 2 milhões.

O surrealismo também teve sua representação na venda, através do quadro ''Cabeça humana'', de Joan Miró, pelo qual um comprador anônimo pagou US$ 14,8 milhões, e no qual o artista espanhol criou, segundo Shaw, ''uma linguagem visual única''.

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