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O escritório de arquitetura favorito da Faria Lima e das big techs no Brasil

A agência de arquitetura e comunicação visual Pitá já desenvolveu cerca de 1.000 projetos apenas nos últimos quatro anos, entre eles o da sede da EXAME

Pitá: os projetos do escritório têm códigos que os unem. (Joao Prado/Exame)

Pitá: os projetos do escritório têm códigos que os unem. (Joao Prado/Exame)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 06h08.

Última atualização em 31 de outubro de 2024 às 09h31.

Os escritórios da Avenida Brigadeiro Faria Lima, centro financeiro e de big techs de São Paulo, têm um ponto em comum: é quase certo que o projeto arquitetônico foi feito pela Pitá.

Criada em 1998, a agência de arquitetura e comunicação visual já desenvolveu cerca de 1.000 projetos apenas nos últimos quatro anos. Antonio Mantovani Neto, diretor do escritório, conta que essa paixão do mercado financeiro pelo Pitá foi algo muito orgânico e natural. "Posso dizer que grandes escritórios de tecnologia de apps que estão no seu celular foram feitos por nós", conta.

Escritórios como a sede do LinkedIn no Brasil, do Banco PAN e do Google for Startups foram projetados pela Pitá. Entre os projetos mais recentes, destaca-se também a sede da EXAME. Distribuído em dois andares no icônico Condomínio São Luiz, o projeto oferece soluções que atendem tanto às necessidades editoriais — com estúdios e salas de gravação — quanto às demandas educacionais da Faculdade EXAME, como um auditório modular que pode se transformar em espaço de eventos.

Mantovani também destaca que, com uma equipe de 80 profissionais, o escritório busca atender clientes de grande porte com uma abordagem personalizada e centrada nas necessidades específicas de cada projeto. A Pitá não se limita apenas ao mercado corporativo tradicional.

Embora o foco principal seja em projetos empresariais, eles também têm experiência na área de educação e espaços gastronômicos. No portfólio educacional está a sede do Inteli, o Instituto de Tecnologia e Liderança.

Inspirações

Embora Mantovani evite o termo "assinatura" para descrever o estilo do Pitá, ele revela que a agência segue certos códigos que estão presentes em seus projetos. Esses códigos são sutis e nem sempre facilmente perceptíveis, mas proporcionam um equilíbrio entre inovação e a consistência visual. “É como ver um quadro e saber que é de um artista mesmo sem ver o nome”, diz.

O diretor também destaca que há uma brasilidade nos projetos. "Tem uma questão de brasilidade muito forte. Escolhemos sempre mobília nacional", explica Mantovani. Além de promover o design brasileiro, o escritório foca em criar ambientes que trazem uma sensação acolhedora e funcional. Ele enfatiza que a escolha do mobiliário e dos detalhes que compõem os ambientes são pensados para maximizar a funcionalidade sem abrir mão do conforto.

Um dos principais desafios no desenvolvimento de projetos corporativos, especialmente no setor de tecnologia, segundo ele, é a necessidade de agilidade. Empresas desse setor demandam rapidez na entrega e soluções que atendam a necessidades imediatas, sem comprometer a qualidade. Mantovani destaca que, muitas vezes, as empresas de tecnologia que alugam lajes precisam entrar em operação rapidamente devido aos altos custos de aluguel. Isso exige um planejamento preciso e uma execução eficiente.

Além da presença marcante em São Paulo, onde o escritório ocupa um andar do icônico Edifício Itália, a Pitá também possui uma base no Rio de Janeiro. A atuação em duas das principais cidades do país, aliada a parcerias internacionais, permite que a Pitá atue em diversos projetos nas Américas e na Europa, sempre com o foco em criar conexões genuínas entre espaços e pessoas.

Ao todo, a Pitá entrega cerca de 250 projetos por ano, abrangendo arquitetura e comunicação visual. O sucesso no setor corporativo, somado à capacidade de inovação e entrega de soluções completas, fortalece a posição da Pitá como um dos escritórios de arquitetura mais desejados pelas grandes empresas, especialmente as que ocupam a Faria Lima e as sedes das big techs no Brasil.

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