Ao vencedor, centenas de milhões a mais na conta. O maior exemplo é o Golden State Warriors, que nesta sexta-feira entra em quadra para a quarta partida da melhor de sete contra o Cleaveland Cavaliers pelas finais da NBA, a liga americana de basquete. Os Warriors, liderados pelos astros Stephen Curry e Kevin Durant, ganharam os três primeiros jogos e podem se sagrar campeões hoje.

O time tem a melhor campanha da temporada e perdeu apenas um dos últimos 31 jogos. Com tudo isso na conta, os Warriors assumiram o terceiro lugar em um estudo recém-publicado pela revista Forbes entre os times mais valiosos da NBA. Os dois primeiros são os ícones das duas maiores cidades do país – o Knicks, de Nova York, vale 3 bilhões de dólares, seguido pelo Lakers, de Los Angeles, com 2,7 bilhões. O Warriors vem logo atrás, com 2,6 bilhões de valor estimado. O time fica em Oakland, na Califórnia, um mercado consumidor muito menor.

Acontece que ninguém ganha tantos jogos, num desempenho esportivo que fez girar uma roda da fortuna. Nas últimas três temporadas, quando venceu a conferência Oeste da NBA, o time teve ginásio lotado em todos os jogos. Para as finais, os ingressos chegam a custar mais de mil dólares. Com isso, o faturamento do time chegou a 305 milhões de dólares em 2017, 80% a mais que dois anos atrás. O valor de mercado dobrou.

A reviravolta do Warriors é uma história típica do Vale do Silício. Em 2010, um grupo de bilionários de tecnologia comprou o time por 450 milhões de dólares e levou parte de sua estratégia de negócios para o basquete. Contratou jogadores baratos e promissores, investiu em estatística, quebrou a hierarquia rígida. Como nas trajetórias dos unicórnios da internet, o sucesso foi fulminante.