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Não é só elétrico: Audi aposta em carros híbridos e a combustão no Brasil

Na meta global, a montadora alemã planeja ser 100% elétrica até 2033, mas no Brasil ainda veremos muitos lançamentos a gasolina e híbridos, diz CEO Daniel Rojas

Audi A4: último modelo lançado pela montadora, ao lado do A5. (Audi/Divulgação)
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 10 de junho de 2024 às 16h17.

Última atualização em 10 de junho de 2024 às 16h19.

A chegada maciça de carros 100% elétricos das montadoras chinesas em todo o mundo nos últimos anos impôs uma nova realidade no planejamento das montadoras europeias e dos Estados Unidos. O desafio é fazer a transição e, ao mesmo tempo, despertar o interesse do consumidor pela nova forma de dirigir. Além disso, é necessário disponibilizar uma infraestrutura robusta de carregamento e postos.

No Brasil, onde há o etanol — um combustível menos poluente por conta de uma cadeia mais sustentável — e, devido ao tamanho do país, há uma dificuldade maior na criação de corredores de carregamento de carros elétricos, alguns planos globais das montadoras ainda apostam mais em híbridos e no lançamento de carros a combustão.

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Para a Audi , mesmo que a meta global seja eletrificar a frota 100% até 2033, no Brasil a aposta de lançamentos ainda contempla carros a combustão, bem como os híbridos. "Estamos confortáveis com nossa estratégia, que inclui um mix de veículos elétricos e a combustão, atendendo a diversas preferências", diz Daniel Rojas, CEO da Audi no Brasil.

Em entrevista exclusiva à Casual EXAME, o executivo fala dos planos da montadora que lançou há poucas semanas os novos Audi A4 e A5 com o consagrado sistema de tração integral quattro, um dos grandes diferenciais da marca. Veja os principais trechos.

Daniel Rojas: CEO da Audi Brasil. (Divulgação/Divulgação)

Como foram as vendas no primeiro quadrimestre e qual a perspectiva para o segundo semestre do ano?

Nos primeiros quatro meses de 2023, as vendas da indústria premium estão muito similares ao ano passado. Estimamos um crescimento de 1%, mantendo o ritmo para atingir os cerca de 6.000 carros vendidos em 2023, como em 2022. As expectativas para o resto do ano são similares a 2023. Para o segundo semestre, teremos o lançamento do Audi Q6, um carro com tecnologia moderna e um interior inovador, focado em conectividade e novas tecnologias de bateria.

Como a Audi está reagindo às mudanças de mercado, especialmente com a concorrência das montadoras chinesas?

As novas concorrentes têm tecnologias avançadas e evoluíram rapidamente nos últimos anos. Nós sempre estivemos orientados para entender as necessidades dos consumidores. Nossa tecnologia melhora a performance e a segurança, além de proporcionar comodidade. Estamos lançando carros altamente tecnológicos e focados em eletrificação, com baterias que carregam em 21 minutos e oferecem grande autonomia. Isso nos permite manter nossa posição competitiva.

Quais são os planos da Audi para a eletrificação no Brasil e globalmente?

Globalmente, a Audi planeja ser 100% elétrica até 2033. Para alcançar isso, temos um processo de transformação em andamento. Nos próximos dois anos, teremos mais de 20 lançamentos globais de carros elétricos, além de renovar nossa linha de combustão interna. No Brasil, estamos combinando carros elétricos e híbridos plug-in, como o Q5, que tem sido um sucesso. Estamos confortáveis com nossa estratégia, que inclui um mix de veículos elétricos e a combustão, atendendo diversas preferências.

Diversas montadoras que têm fábricas no Brasil anunciaram investimentos bilionários para o Brasil. A Audi tem algum aporte previsto para a fábrica no Paraná?

Ainda não anunciamos novos investimentos específicos, mas estamos constantemente avaliando possibilidades e os benefícios da nova legislação, como o programa Mover. Continuamos acreditando no Brasil e planejamos seguir investindo. Nossa planta de produção do Q3 está operando com capacidade máxima e sempre estudamos a introdução de novos modelos e versões. Nossa planta no Brasil é um orgulho e oferece flexibilidade e eficiência na produção.

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