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Museu Van Gogh anuncia descoberta de nova pintura do artista

Museu Van Gogh de Amsterdã anunciou , após dois anos de pesquisa, a descoberta de um quadro até agora desconhecido do autor

"Os girassóis", de Van Gogh: "uma descoberta desta magnitude nunca aconteceu na história deste museu", disse diretor da pinacoteca (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 08h28.

Haia - O museu Van Gogh de Amsterdã anunciou nesta segunda-feira, após dois anos de pesquisa, a descoberta de um quadro até agora desconhecido do autor de "Os Girassóis", que data de 1888 e representa uma paisagem com árvores e arbustos.

O título da tela, descoberto em um coleção privada, é "Pôr do Sol em Montmajour" e inscreve-se na época na qual Vincent Van Gogh (1853-1890) pintou seus conhecidos quadros florais.

O diretor da pinacoteca, Axel Rüger, disse à imprensa que "uma descoberta desta magnitude nunca aconteceu na história deste museu. É uma raridade que se possa acrescentar uma nova pintura à obra de Van Gogh".

A pintura será exibida no dia 24 de setembro no museu holandês, disse a instituição.

Na época em que Van Gogh passou pela cidade francesa de Arles, que é na qual inscreve-se a nova descoberta, é para muitos especialistas "a culminação das conquistas artísticas" do pintor, segundo lembrou o museu em comunicado.

Durante a estadia em Arles, Van Gogh criou quadros como "Os Girassóis", "A Casa Amarela" e "O Quarto", que hoje são pontos de referência de sua extensa obra.

A atribuição do quadro a Van Gogh é resultado de dois anos de pesquisa nos quais os especialistas da pinacoteca Louis van Tilborgh e Teio Meedendorp analisaram o estilo, a técnica e o tipo de suporte da obra.

"Tudo indicavque se trata de um quadro de Van Gogh, estilística e tecnicamente, além de ter muitos paralelismos com outros quadros seus do verão de 1888", segundo os especialistas.

A investigação técnica confirmou que os pigmentos utilizados na pintura correspondem aos que Van Gogh usava em Arles, incluindo a descoloração tão típica da obra de Van Gogh e na qual casualmente a pinacoteca aprofunda na exposição "A oficina de Van Gogh", que pode ser visitada atualmente.


Os especialistas constataram, além disso, que o mesmo tipo de tela foi utilizada "pelo menos" em outro de seus quadros: "As Rochas", que se encontra no Museu de Artes de Houston, e tem uma "alta semelhança em termos de estilo" com a obra hoje apresentada.

Os investigadores também puderam constatar que o novo título pertenceu à coleção do irmão de Van Gogh, Theo, em 1890 e foi vendido em 1901.

Além disso, identificaram uma colina perto de Arles e próxima a Montmajour como o lugar que representa a paisagem do novo quadro.

Com umas medidas de 93,3 cm de altura por 73,3 cm de largura, "Pôr- do-Sol em Montmajour" também destaca-se, segundo o museu, por suas "relativamente grandes dimensões", o que aumenta a excepcionalidade, segundo a pinacoteca.

Duas cartas de Van Gogh datadas de 1888 fazem também uma "referência literal" ao quadro e nelas o artista se mostra descontente com o resultado, comentado que "não conseguiu" o efeito que queria.

"Van Gogh tinha grandes ambições com esta pintura, com a qual queria mostrar-se como um poeta entre os pintores de paisagens, mas se decepcionou porque sentia que não tinha conseguido resolver convincentemente alguns problemas", explicou a pinacoteca.

"O quadro faz parte de um grupo excepcional de pinturas nas quais Van Gogh experimenta. Inclusive podemos dizer que é uma pintura de transição, porque a partir dela Van Gogh sente a necessidade de usar mais e mais camadas", segundo a opinião do especialista Van Tilborgh, envolvido nas análises desta descoberta.

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Haia - O museu Van Gogh de Amsterdã anunciou nesta segunda-feira, após dois anos de pesquisa, a descoberta de um quadro até agora desconhecido do autor de "Os Girassóis", que data de 1888 e representa uma paisagem com árvores e arbustos.

O título da tela, descoberto em um coleção privada, é "Pôr do Sol em Montmajour" e inscreve-se na época na qual Vincent Van Gogh (1853-1890) pintou seus conhecidos quadros florais.

O diretor da pinacoteca, Axel Rüger, disse à imprensa que "uma descoberta desta magnitude nunca aconteceu na história deste museu. É uma raridade que se possa acrescentar uma nova pintura à obra de Van Gogh".

A pintura será exibida no dia 24 de setembro no museu holandês, disse a instituição.

Na época em que Van Gogh passou pela cidade francesa de Arles, que é na qual inscreve-se a nova descoberta, é para muitos especialistas "a culminação das conquistas artísticas" do pintor, segundo lembrou o museu em comunicado.

Durante a estadia em Arles, Van Gogh criou quadros como "Os Girassóis", "A Casa Amarela" e "O Quarto", que hoje são pontos de referência de sua extensa obra.

A atribuição do quadro a Van Gogh é resultado de dois anos de pesquisa nos quais os especialistas da pinacoteca Louis van Tilborgh e Teio Meedendorp analisaram o estilo, a técnica e o tipo de suporte da obra.

"Tudo indicavque se trata de um quadro de Van Gogh, estilística e tecnicamente, além de ter muitos paralelismos com outros quadros seus do verão de 1888", segundo os especialistas.

A investigação técnica confirmou que os pigmentos utilizados na pintura correspondem aos que Van Gogh usava em Arles, incluindo a descoloração tão típica da obra de Van Gogh e na qual casualmente a pinacoteca aprofunda na exposição "A oficina de Van Gogh", que pode ser visitada atualmente.


Os especialistas constataram, além disso, que o mesmo tipo de tela foi utilizada "pelo menos" em outro de seus quadros: "As Rochas", que se encontra no Museu de Artes de Houston, e tem uma "alta semelhança em termos de estilo" com a obra hoje apresentada.

Os investigadores também puderam constatar que o novo título pertenceu à coleção do irmão de Van Gogh, Theo, em 1890 e foi vendido em 1901.

Além disso, identificaram uma colina perto de Arles e próxima a Montmajour como o lugar que representa a paisagem do novo quadro.

Com umas medidas de 93,3 cm de altura por 73,3 cm de largura, "Pôr- do-Sol em Montmajour" também destaca-se, segundo o museu, por suas "relativamente grandes dimensões", o que aumenta a excepcionalidade, segundo a pinacoteca.

Duas cartas de Van Gogh datadas de 1888 fazem também uma "referência literal" ao quadro e nelas o artista se mostra descontente com o resultado, comentado que "não conseguiu" o efeito que queria.

"Van Gogh tinha grandes ambições com esta pintura, com a qual queria mostrar-se como um poeta entre os pintores de paisagens, mas se decepcionou porque sentia que não tinha conseguido resolver convincentemente alguns problemas", explicou a pinacoteca.

"O quadro faz parte de um grupo excepcional de pinturas nas quais Van Gogh experimenta. Inclusive podemos dizer que é uma pintura de transição, porque a partir dela Van Gogh sente a necessidade de usar mais e mais camadas", segundo a opinião do especialista Van Tilborgh, envolvido nas análises desta descoberta.

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