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Museu de NY devolverá sarcófago ao Egito por decisão da Justiça

O museu tinha comprado o valioso caixão em julho de 2017 de um vendedor de arte de Paris por quase 4 milhões de dólares

Egito: o sarcófago é banhado em ouro (Ricardo Liberato/Wikimedia Commons)

Egito: o sarcófago é banhado em ouro (Ricardo Liberato/Wikimedia Commons)

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AFP

Publicado em 16 de fevereiro de 2019 às 17h26.

O Museu Metropolitano de Arte (Met) devolverá ao Egito um antigo sarcófago banhado em ouro após a Justiça de Nova York determinar que tinha sido roubado deste país, informou a instituição.

O museu tinha comprado o valioso caixão, que data do século I a. C., em julho de 2017 de um vendedor de arte de Paris por quase 4 milhões de dólares.

Contudo, o gabinete do procurador do distrito de Manhattan determinou que o ataúde dourado em forma de múmia tinha sido vendido com documentação falsa, inclusive uma licença de exportação falsificada emitida no Egito em 1971.

Não está claro o motivo que originou a investigação da Procuradoria do distrito.

Uma declaração desta sexta-feira citou o diretor-geral do Met, Daniel Weiss, expressando suas desculpas ao povo egípcio e especificamente ao ministro de Antiguidades do país, Khaled El-Enany.

"Depois de nos inteirarmos de que o Museu foi vítima de uma fraude e, sem saber, participou do comércio ilegal de antiguidades, trabalhamos com o gabinete do procurador do distrito para sua devolução ao Egito", declarou Weiss.

O museu garantiu que "considerará todos os recursos disponíveis para recuperar o preço de compra pego pelo ataúde" e se comprometerá "a identificar como é possível fazer justiça" e como "ajudar a evitar delitos futuros contra bens culturais".

O sarcófago, decorado de forma refinada e já visto por quase meio milhão de visitantes desde que se tornou a peça central de uma grande exposição em julho, é banhado em ouro.

Está inscrito na peça o nome de Nedjemankh, um sacerdote de alto escalão do deus Heryshef de Herakleopólis, que é representado por uma cabeça de carneiro.

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