Museu Anne Frank, em Amsterdã, é adaptado à nova geração
Depois de dois anos de trabalho, o museu, localizado em Amsterdã, apresentou sua nova imagem para responder às demandas do público jovem
AFP
Publicado em 23 de novembro de 2018 às 09h52.
O museu Anne Frank, dedicado à adolescente judia que foi deportada com sua família aos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, foi reformulado para se adaptar à "nova geração" que visita a casa em Amsterdã onde a jovem se escondeu dos nazistas.
Depois de dois anos de trabalho, o museu, localizado em Amsterdã, apresentou sua nova imagem para responder às demandas do público jovem, cujos conhecimentos da guerra de 1939-1945 diminuem com o passar do tempo.
O rei de Holanda, Willem-Alexander, foi o convidado de honra nesta quinta-feira na inauguração da nova imagem do museu, construído em torno da casa à beira do canal onde a família Frank viveu de 1942 a 1944.
"A cada ano, 1,2 milhão de pessoas visitam a Casa de Anne Frank e a metade tem menos de 30 anos. Temos um público muito jovem", declarou à AFP o diretor-geral do museu, Ronald Leopold.
"O interesse pela guerra e pela história de Anne Frank é mais crescente que decrescente, mas os conhecimentos sobre o tema diminuem. Temos que facilitar mais o contexto e os antecedentes da história de Anne", acrescentou.
O museu oferece a oportunidade de visitar os cômodos estreitos, acessíveis por uma porta escondida atrás de uma falsa biblioteca, onde a adolescente vivia com seu pai Otto, sua mãe Edith, sua irmã Margot e outras quatro pessoas.
Finalmente presa pela Gestapo, Anne Frank, com 15 anos, morreu de tifo no começo de 1945, menos de um ano depois da sua detenção e pouco antes do final da guerra no campo de concentração de Bergen Belsen, dias depois da morte de sua irmã de 19 anos. Seu pai Otto foi o único sobrevivente da família. Sua mãe morreu em Auschwitz.
O museu permaneceu aberto durante os dois anos da reforma, o que foi "um desafio imenso", de acordo com a sua diretora-administrativa, Garance Reus-Deelder.
Entre as novidades, está o áudio-guia que informa um contexto histórico mais amplo, uma nova entrada "para pôr fim às longas filas de espera", segundo relata Reus-Deelder, e uma exposição sobre a lenta progressão do sentimento de ódio em relação aos judeus a partir de 1933, ano em que a família Frank decide fugir da Alemanha e ir para Amsterdã.
"Queremos animar a nova geração a visitar a Casa de Anne Frank", afirma Reus Deelder.