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Morre aos 102 anos o pai de Benjamin Netanyahu

Durante toda sua vida manteve fortes posturas de direita nacionalista, que o levavam a criticar todo acordo territorial com os palestinos

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não duvidou em reconhecer em diferentes discursos a influência que seu pai exerceu sobre sua visão do mundo (Gali Tibbon/AFP)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não duvidou em reconhecer em diferentes discursos a influência que seu pai exerceu sobre sua visão do mundo (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2012 às 07h38.

Jerusalém - Benzion Netanyahu, historiador e pai do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, morreu nesta segunda-feira aos 102 anos de idade em sua casa em Jerusalém, informou a Chefia de Governo.

O primeiro-ministro conseguiu visitá-lo ontem pela última vez, assinala o comunicado enviado aos meios de comunicação.

Benzion nasceu em 1910 em Varsóvia e dez anos depois sua família emigrou à então Palestina sob protetorado britânico no marco do projeto sionista.

Em seguida tornou-se ativo nos círculos revisionistas, a corrente sionista criada por Ze'ev Yabotinsky e fonte ideológica do partido Likud, liderado por Benjamin Netanyahu.

O pai do atual primeiro-ministro israelense se mudou para Nova York, onde foi secretário pessoal de Yabotinsky e, nos anos 1940, diretor-executivo da organização revisionista da cidade.

Em linha com seu movimento, rejeitou em 1947 o plano de partilha da ONU da Palestina entre um Estado judeu e um Estado árabe porque representava uma renúncia a todo o território.

Em seus estudos especializou-se em história e teve como mentor Josef Klausner, um dos grandes acadêmicos e intelectuais revisionistas e tio-avô do escritor Amos Oz.

Após lecionar em várias universidades no exterior, Benzion retornou a Israel após a morte em 1976 de um de seus três filhos, Yonatan, na operação de resgate de reféns em um aeroporto.

Durante toda sua vida manteve fortes posturas de direita nacionalista, que o levavam a criticar todo acordo territorial com os palestinos e qualificar de ameaça a esquerda do país.

Seu filho não duvidou em reconhecer em diferentes discursos a influência que seu pai exerceu sobre sua visão do mundo.

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