Mercedes-Benz EQS: dirigimos o elétrico de R$ 1,3 milhão
Modelo será um dos carro mais luxuosos da marca no Brasil e acelera tão rápido quanto Ferrari
Gabriel Aguiar
Publicado em 14 de julho de 2022 às 18h07.
Última atualização em 14 de julho de 2022 às 21h09.
Esqueça tudo que você considerava luxo: o Mercedes-Benz EQS é a nova referência dos alemães – e explica por que o tradicional Classe S saiu de linha por aqui. Feito sob medida para o mundo que fala de metaverso, games e IoT (sigla em inglês para “internet das coisas”), o sedã com desenho de carro conceito é o elétrico mais avançado da marca e, por aqui, custará 1.350.900 reais.
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Em tempos conscientes dos efeitos de poluição, trânsito e uso de combustíveis fósseis, o novato tem justificativa e propósito para todos os detalhes. É o caso da carroceira focada na eficiência e pensada para evitar problemas com aerodinâmica. Para limpar a consciência dos donos, quase 80% das peças de aço foram recicladas e existem 287 componentes feitos de materiais renováveis.
É verdade que, neste caso, ninguém ficará entediado para salvar os ursos polares: o EQS veio ao país na versão AMG 53 4MATIC+ e, como o próprio nome já adianta, recebeu atenção especial da divisão de carros esportivos da Mercedes-Benz – nada surpreendente para um sedã com dois motores e 658 cv de potência, suficientes para acelerar até os 100 km/h em apenas 3,8 segundos.
Para quem sonha reviver cenas do filme Velozes e Furiosos, dá para incluir o pacote de desempenho (vendido como opcional por 60.100 reais) e economizar 0,4 segundo nas arrancadas. Parece pouco? Não se engane: é suficiente para empatar com a Ferrari Roma. Mas a melhor parte é fazer tudo isso sem gastar uma gota de combustível sequer e ainda percorrer até 580 quilômetros.
De um lado, toda a família pode viajar com conforto de sobra: há espaço para cinco adultos e malas suficientes para um mês inteiro de road trip – os 580 litros são praticamente o dobro de capacidade do popular Hyundai HB20, por exemplo; de outro, o Mercedes-Benz EQS recebeu sistemas para não sofrer no dia a dia, como câmeras por todos os lados e rodas traseiras que esterçam.
Por incrível que pareça, todas as telas que fazem a cabine parecer a própria Times Square, em Nova York, não são intimidadoras como parecem nas fotos. E olha que até o passageiro tem uma “central multimídia” própria que pode até conectar fonebluetooth para não atrapalhar o restante da cabine. São tantas tecnologias que a assistente virtual (ao estilo Alexa) passa desapercebida.
E como é dirigir essa novidade? Durante nosso breve contato, o EQS surpreendeu pela suavidade no trânsito – mesmo com modo de condução Sport+, que muda diferentes configurações e surge como opção aos “mansos” Comfort e Sport. E aqui fica um conselho: não subestime o pedal de acelerador, porque qualquer provocação é suficiente para imitar decolagens de foguetes SpaceX.
Não é nenhuma novidade que, neste patamar de preços, a Mercedes-Benz ofereça todos os tipos de personalização possíveis. Tanto é que os donos podem escolher entre 33 opcionais, como sistema de entretenimento e climatização dos bancos para segunda fileira (128.700 reais); telemetria para pista (4.000 reais); e volante com camurça sintética (6.800 reais). E já existe lista de espera.